Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Wednesday, December 27, 2006

“Para todos e para ninguém”

Um conselho para os que ficam, um lembrete para os que vão
As horas queimam como fogo, e resta como cizas que voam como o tempo
Todo tempo é pouco e corre como louco
Todo medo é muito quando a coragem não é suficiente
Sejamos como Ciro então, O bondoso conquistador, que derrotou os medos.
Toda Fé é suficiente e todo amor é pouco quando se é medido.
Pode tudo aquele que realmente quer
A força vem da terra, a sabedoria esta no ar e basta, é cheirar.
Parabéns aqueles que o seu caminho conseguiram encontrar
e aqueles que sentam e vêem as horas queimar volto ao principio do texto mencionar,
resta ainda tempo que loucamente esta a não parar
Se resta duvida, é porque não é.
Se tens a resposta podes estar errado
Não é sempre que podemos ter todas as respostas
Mas podemos ter as perguntas
e muitas vezes uma pergunta bem feita vale mais que uma reposta

Creso mandou uma grande quantia ao Oraculo de Delfos destinada a Apolon em busca de uma reposta para sua pergunta, uma investida contra Pérsia, e só atacou quando a resposta foi positiva, depois de uma terrível derrota mandou mensageiros ao oraculo para reclamar da profecia mentirosa, e o Oraculo respondeu, “nós dissemos que um império iria cair, não dissemos se seria o seu ou o de Ciro... "

É tempo de colheita, tempo de conquista, tempo de pergunta, de luta, de Fé e harmonia... é tempo de “ Tudo numa coisa só”

Friday, November 24, 2006

Tenha ciência

Sua falta me faz a presença
Minha saudade se faz à ausência
Do meu apego mostra-se a doença
Do amor, sobra carência
Do passado lembro com a tal freqüência
Dos devaneios e das noites,
Revivo-os com veemência
Os cheiros e a musicas
Deixam-me em, reticências
Os sonhos madrugueiros,
São só o que me resta da aparência
Para o tempo e para prova só me sobra a paciência

Ciência, ciência?...Siga minha sombra e me encontre na parede...

Friday, November 10, 2006

O Sorriso do Gato

Sussura
Expira,
Suspira
Me respira.

Alucida De lirio,

De louco

Desejo,

Desconfio

De monstro,

O monstro

De mim

De medo do

sonho de acordar

Doendo na

Dor

Do

Desamor

Suspirando em asas de flor
Sussurando nos ouvidos do céu

Repirando nas águas da Mãe

Espirrando Alegria da Alergia da VIDA.

Louco doce

De lirio antialergico

Nos leva para onde temos que ir sem querer ir para lugar algum...


"Paro, Penso e
Percebo. Padeço

Das Dores
Das Dúvidas,

Da Dificuldade
Do Desapego,


Da Distância

Dos Dois,

Desespero.


Senti ,
Sem Ti .

Nada sei
Nada sou"


Eu te amo...

Tuesday, October 31, 2006

welcome to the dollhouse

“I got it all set up for you”
É incrível como a gente tenta prever cada segundo de nossas vidas, incrível como conseguimos imaginar todo nosso futuro detalhes especiais, musicas,cheiros e ficamos ansiosos só por pensar que eles poderiam acontecer é como sonhar acordado. Fato é que cada detalhe que imaginamos, cada segundo que prevemos é esquecido e jogado fora, perto do grande que acontece no “ verdadeiro” futuro, muitas vezes nem percebemos isso, as vezes o que nos espera é tão bom que tudo aquilo que pensamos ser o melhor some das nossas cabecinhas, cada momento, cada toque, cada palavra não dita, cada olhar,cada abraço é tudo tão mágico desde o imaginar ate acontecer...
O Acontecer pode nem sempre parecer o melhor, mas certamente se você tentou e não aconteceu é porque não devia ser, o segredo esta em aceitar e vivenciar aquilo que é, mas aquilo que é de verdade, não puro e simples capricho do ego, o difícil é descobrir...
Não há mal nem um e sonhar acordado, em tentar prever o que vai acontecer é só um modo que temos de deixar nosso mundo arrumadinho para uma visita, todo imaginado todo perfeitinho ao nosso ver... mas como sempre digo a perfeição é imperfeita pode ter certeza que algo verdadeiramente perfeito esta por vir e far-te-á sumir com sua casinha de bonecas...
Lendo assim pode ate ser triste a primeira pensada, mas uma casa de bonecas é tão pequenina perto do mundo todo...

Aos viajantes perdidos
E aos perdidos desesperados
Aos amantes e os amados
Solitários ou acompanhados
Aos crentes ou descrentes
Aos felizes e infelizes
As mulheres da vida
E as vividas mulheres
Aos Fortes, fracos, gordos, magros, peixes ou cabras,
sonhadores ou realistas, espíritos idosos ou novatos...
Todos com uma mesma sina a zelar
Em um mesmo mundo a rodar
Pelos mesmos segredos a velar
E os mesmo pecados a tentar
Com um mesmo destino a concretizar
E um mesmo lugar a chegar
A todos venho formalmente convidar
Para a um espetáculo participar
Todos são bem vindos em meu lar
Todos tem permissão para sonhar
Desde que não se esqueçam da vida o caminhar
Que a casinha não vai para sempre durar
E lá fora o mundo estará sempre sempre a rodar

Friday, October 27, 2006

Um dia sem você

"Hide my head I want to drown my sorrow No tomorrow, no tomorrow"
Dormir e acordar
Sem o sol nascer
À esmaecer
A me remoer
24h a perder
Horas a querer
Todos os segundos a morrer
Tanto tanto em tão pouco
Pouco que tanto causa pranto
Tempo seu e sem você
Como posso eu não me perder
Como posso não querer esquecer
Sendo seu e não você
Se tudo que é seu fosse você
Não ficaria eu perdendo
tempo em gostarias
Seria eu você
Como tudo aquilo que é seu.
"And I find it kinda funny I find it kinda sad, the dreams in which I'm dying are the best I've ever had I find it hard to tell youI find it hard to take, when people run in circles it's a very, very mad world ... world Enlarge your world Mad world"

Monday, October 23, 2006

“ O princípio do fim do mundo”

Onde as estrelas aposentadas descansam para se rejuvenescer e voltar a brilhar
Onde os pássaros saem do sol e respiramos sempre o fresco ar
Um aroma aliciante confuso e lilás a cheirar
As águas do mar ficam doce e tão claras que se pode ver o fundo
Pode-se quase ouvir o barulho do sol tocando as águas do fim do mundo
E quem ñ quer ver tudo da ponta, na borda do tudo?
Onde as pontas se juntam e nada é dor nem sofrimento, não existe tristeza nem saudade, nem tempo nem idade, onde a música é o silencio e a vida, morte... onde o sol não ofusca os olhos e não existe sorte.


Nos encontraremos na alvorada
Na praia da canoa virada
Na ilha da estrela aposentada
Na força da corrente desgovernada
Onde o mar junto com o céu
Escrevem mais do que um cordel
Onde as borboletas tem sete vidas
E o gato só a concebida
Onde as abelhas não perdem ferrão
E quem faz o mel é o zangão
Onde a rainha é bétula
E nossos travesseiros suas pétalas
Onde não se inveja os casais apaixonados
Pois passamos toda a vida enamorados
Porque nessa madrugada
Numa noite escura
Ou manhã ensolarada
Trocaria tudo por uma viagem ao fim do mundo
Com o Peregrino da Alvorada

Wednesday, October 18, 2006

"A ilha das vozes"

E quando percorrem literalmente todos os seus caminhos chegam a você mesmo que atrasados?
Quando perdemos as direções os sentidos o senso a vontade e tudo aquilo que parecia morto dentro de você revive...
Mesmo eu que adoro experimentar sensações, eu que gosto de cutucar lá no fundo, tirar a casquinha só pra ver ate onde agüento, tenho medo de vivenciar essa uma... uma coisa bem nova, um tristeza tão profunda e negra como um daqueles buracos sem fundo, aqueles em que caímos para sempre no escuro e nunca morremos vivendo aquela agonia eterna, o medo é de tentar vivencia-la e cair no abismo da mente, uma angustia descontrolada um choro engolido um vazio... um não sei o que de coisas quem não podem ser reduzidas a mera dimensão de nossas palavras um vazio eterno um nada inconstante o não saber o que é que esta acontecendo...
O sentir falta de um pedaço seu,
um coisa que não sabe como perdeu
Essa incerteza que mata,
Que ao mesmo tempo ata e desata
Esse aperto no coração
Que me faz sentir em tua mão
Essa solidão mentirosa
Que me torna tão melindrosa
Essa coisa que a tudo mata incerta
e tão certa que manga dos olhos que mentem
e da alma que tanto sente.
E o que pode nesse mundo ser tão coerente?
Se nada pode ser certamente correto
Porque se o infinito existe nem mesmo o fim é certo



“ -Não fique triste assim breve nos encontraremos !
- Aslam, o que chama de breve - indagou Lúcia
- Para mim todo tempo é breve respondeu Aslam; e ao dizer isso desapareceu deixando Lúcia sozinha com o mágico... ”

Thursday, October 05, 2006

°oOº°oO°0º ? °oOº°oO°0º

"A minh'alma chorou tanto
Que de pranto esta vazia
Desde que aqui fiquei
Sem a tua companhia.
Não há pranto sem saudade
Nem amor sem alegria
E é por isso que eu reclamo
Essa tua companhia
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?
Não há pranto sem saudade
Nem amor sem alegria
E por isso que eu reclamo
Essa tua companhia
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia
E é por isso que eu reclamo
Essa tua companhia"


°oOº°oO°0ºo Como pode um peixe vivo viver fora d'agua fria, como pode um peixe vivo viver fora da agua fria? como poderei viver, como poderei viver sem a tua sem a tua sem a tua ocompania? °oOº°oO°0º

Sunday, October 01, 2006

Dissi Mulada:

- Depois de um tempo aprendemos que não adianta mentir para gente mesmo, que não faz bem guardar segredos tão bem guardados que são segredos ate mesmo para você, e ótimo é quando você tem a oportunidade de literalmente vomita-los.
Descobre que não adianta esconder do mundo todas as suas fraquezas e o quanto foi egoísta não só com os outros mas com você mesmo negando por muito tempo tudo aquilo que nasceu sabendo ser, negando o conhecimento que sempre teve e os erros cometidos.
Tenho vergonha, muita vergonha, vergonha daquele que tem a Fé sem precisar sentir, sem precisar ver ou ouvir, vergonha porque mesmo tendo essa ferramenta mesmo podendo sentir o poder da sincronia da vida e do mundo é tão difícil ter fé.
Fácil é negar a tudo, desacreditar da vida, viver como se sua vida fosse única e dependesse só de você, fácil admitir que exista sorte e azar, acreditar que morrer é morrer e pronto, fácil é ser cético diante dessa grande confusão de coisas, bem fácil.
Difícil é acreditar, não deixar-se levar pela própria mentira dissimulada que nos faz acreditar no vazio, mentira bem como os segredos tão bem segredados que esquecemos existir.

.....Às vezes o ego fala bonito e pensamos ser o poder da planta, mas o poder não consiste nas palavras e sim no sentido, quando algum ensinamento vier através de palavras não dispense, mas desconfie.....
(trecho da conversa de hoje no carro)

Thursday, September 14, 2006

A ignorância de Ser

É bem estranho sair de casa todos os dias e esbarrar com pessoas na rua sentar do lado delas no metrô, às vezes responder a um olhar ou um sorriso... Sem saber da procedência dela, digo, sem saber o que ela já fez, o que ela já pensou ou falou, e não ter medo disso.
Talvez a ignorância seja a melhor fonte de aprendizagem porque ela nos permite ter acesso àquilo que se soubéssemos na pura verdade o que significa nem mesmo chegaríamos perto.
Eu por exemplo, não sentaria ao lado de um assassino sabendo o que ele é, e se talvez me sentasse sem saber descobriria que já fui tão assassina quanto ele...
E parece que quando a coisa é para o nosso bem fica mais difícil ainda, parece que ai queremos fugir mais, correr pra sempre para qualquer lugar, qualquer lugar que seja o oposto daquilo, e se não soubéssemos do que se trata nem teríamos porque fugir e então já seria tarde para aquela vontadezinha de correr...
Seria sempre mais fácil de aprender quando sé é ignorante???
Ou é o meio termo entre a ignorância e o conhecimento que é sempre difícil???
Porque é nesse meio termo que achamos que já sabemos tudo, quando na verdade nem conseguimos imaginar o que existe alem do mundo ou nem acreditamos que exista algo alem do mundo... É ai que fica a parte complicada pois somos bons de mais para aceitar o novo, o real, o verdadeiro, é ai que fechamos os olhos e achamos que somos os melhores, os conhecedores e detentores da verdade e então deixamos de aprender, a final o que mais o mundo pode nos oferecer? É isso é realmente fácil, saber tudo...
E em meio a esse texto fico confusa do verdadeiro significado da palavra ignorância, porque ser ignorante também é fácil... Chego a conclusão de quem sabe tudo é ignorante, e os que nada sabem são ótimos alunos...
É realmente difícil quebrar paradigmas, e deixar para trás toda aquela sua personalidade melancólica que você tanto gostava sem motivo aparente, mas estranho ainda é gostar dela, gostar de uma coisa que te faz olhar tudo com olhos cinza quando se tem tantas cores para enxergar.
É difícil largar o Nescau quando não se tem outro chocolate, mas então você descobre o Toddy e vê como tudo pode ser melhor e mais gostoso...
Claro que não vai dar certo se você misturar os dois, mesmo porque ninguém é feliz em constate duvida entre o que era e o que é... Acho que devemos sempre ser e ponto... sem se preocupar como o que já foi ou o que vai ser...Só viver a simples vontade e o desejo do Ser...


"se ficar na ilusão e na fuga reprovado você será"

Friday, August 25, 2006

“ Me esqueci da luz... da cozinha acesa..."

"...Me esqueci Jesus... de anotar os recados”

Quando se vê aquilo que nunca quis, descobrimos por quanto tempo fomos cegos.
Quando sentimos aquilo que pensamos não existir, vemos o quão ignorantes somos.
Quando ouvimos aquilo que não acreditávamos, da boca de quem não queríamos ver, percebemos que poderíamos há muito tempo ter sentidos mais eficientes.
É, pobre dos que ainda não sabem, felizes o que ainda vão descobrir
Digo, porque ainda tenho muito a descobrir.
Passo agora a não me contentar só com o frio, o calor e o morno...
A não ver só vermelho, amarelo, laranja, azul, roxo, rosa...
não me contentar com a paz na terra

Com o sim e com o não
Com pé e coma a mão
Com o coração e a paixão
Com o amor e ilusão
Com a dor e conclusão
Com a escolha e solidão
Com sentidos e razão
Com a pintura e o borrão
Concordância e dissensão
Sem pensar em coesão
À luz da escuridão

Passo a querer “viver” com intensidade para não ter de “viver” de novo.

“é como uma equação de matemática tira pratica de sermos um pouco mais de nós... que o teu afeto me afetou é fato , agora faça-me um favor”

Friday, August 18, 2006

"Noises and kisses"

Poderia fingir que tudo parou
Mas o mundo continuou
Rodou e rodou como sempre rodou

Tudo andava, tudo rodava, tudo falava
E só agente parava e sem nem uma palavra
Como se a tudo pudéssemos procrastinar
E o mundo nos pudesse esperar

Tanto barulho,tanto bagulho tanto de tudo
E tão pouco num vazio e oco louco
E um infantil admoestar a estragar
Por extinto e razão,
sem vontade nem questionar
A lembrar e a falar do tempo em que se devia estar.

“Look in my eyes, 
I'm jaded now whatever that means by sharing these things.
I rip my heart out.
It's worth my time. Whatever that means...
Hard to see up. My neck feels stiff until I wake
up, the orange I choked and back to my neck.
It's worth my time,
whatever that means....
So share with me, cause I need it right now.
Let me see your insides or ripe me off, cause I'd rather
starve now if you won't open up.”


Monday, August 14, 2006

....... "A mascara da ilusão" ........

Fico a pensar se viver na ignorância
É melhor que tentar consertar
Se não saber o porquê do sofrer
E simplesmente sofrer é docemente cômodo
Ou saber o porquê do tal sofrimento
E sofrê-lo sem dor por saber que você o merece.
O merecer, um “contentamento descontente”
Descobrir que não o é mundo que te merece
Mas você que merece o mundo, e provavelmente
Esta em divida com ele, se não o fosse de certo não estaria aqui...
“O homem se julga e se condena”
depois não agüenta a própria sentença.
Não é a vida que é injusta ela simplesmente se ajusta
Não o mundo que é cruel, ele só faz seu papel
Não é a noite que é escura,
são as luzes que fazem as estrelas sumirem
Não é o sol que queima, é a sombra que não protege
Não é o Frio que mata, é a falta de calor
Não é tudo que da errado, você esta errado
Não é o calor que da sede, é a falta de água
Não é a vida que magoa, é o poder da escolha...
Não existe ninguém esperando nada de você só você mesmo...
não se atrase
“ minha estrela guia que desfaz a escuridão,
minha estrela guia que desfaz a escuridão
Ilumine meu caminho me proteja contra o mal,
Ilumine meu caminho me proteja contra o mal...
Onde existe luz não pode haver escuridão,
Onde existe luz não pode haver escuridão...
Brilha brilha intensamente dentro do meu coração,
Brilha brilha intensamente dentro do meu coração”

Friday, August 11, 2006

EXIT

Sem sono... p/ variar... bom dessa vez nada de SMN. Curada? Não, acho que ñ!

Vou ficando por enquanto
Sem fome nem pranto
Vou ficando por agora
Sem pensar ou ir embora
Vou ficando no escuro
Dessa vez sem medo nem tugúrio
Vou ficando pela noite
Sonhando moinante
Vou ficando no passado
Na palavra e na história
Vou ficando pela vida
Sem rumo e distendida
Vou ficando na loucura
Sanidade sem textura
Vou ficando enamorada
No casulo entrelaçada
Vou ficando enfastiada
Passo a correr em terra minada
Vou virando borboleta
Sem ficar nem dar gorjeta.



tudo que arrancamos da vida nos é pertencido, tudo que tomamos do mundo nos é dado, tudo que sonhamos e pensamos é permitido tudo que nos tornamos e nossa moira nos é merecido, e o que deixamos para o mundo,para a vida, para os sonhos é nos s obrigado.

Wednesday, August 09, 2006

Minha matéria nos teus braços

Sua matéria no meu espaço
Espaço dos meus braços
em seus abraços e entrelaço
seu espaço em meus amassos
Nada de pedaços de espaço entre laços
Não se podem dizer que ele existe quando
a
comissura entre corpos,
espaço e matéria, é perfeita
de tão grande tamanha estreita.
Heresia afirmar que existe espaço
em tão perfeito abraço
tentar escapar sendo escopo
com medo dos marca-passos
subirem-lhe às fauces
e saírem pela boca
de tão apertado sem espaços para passos
pobre marcador, chega a ser inutilizado
quando peito e seio dividem um só coração
e o espaço faz o processo inverso da mitose
O cientifico chega ser diletante
E empírico passa a ser
validamente avaliado
Quando estamos a falar de corpos, matéria e espaço
.

Saturday, August 05, 2006

O espertar do sonho

E mais uma madrugada estou eu com minhas idéias inópias, para tentar agradar ninguém se não a mim mesma.
Como o despertar de um sonho pode ser tão azáfamo? Você senti-se aturdido e atingido pelos simples fato de ter sonhado tamanho mal estar. E você tenta alijar-se disso de todas as formas possíveis, mas o dia pesa, o ar fica tenso e tudo parece contragosto.
... seria somente eu culpada por esse sonho? É tão difícil admitir que eu possa ter criado tamanha auto-sabotagem... Em um simples dormitar e parece que seu dia todo já foi redigido para você em quanto distraia-se em seus devaneios... É de veras triste acreditar que eu posso cometer tamanho atentado contra a minha probidade.

Às vezes fico a pensar, hei eu de mergulhar, ir ate o fundo e encontrar um culpado para fustigar? Se procurar, iria eu me encontrar? Se me encontrar, iria me auto molestar? Iria deixar-me novamente auto-sabotar?
Então esta ai a chave para questão, se não me encontro, não me acho, não me atino, é porque sei do meu destino isso, é auto-preservação. Quem é que da a mão para a vara do marmelo? Quem leva o próprio pescoço ao cadafalso? Quem daria a outra face para o tapa depois de já ter levado um? Quem espera por um soco com o rosto erguido e desprotegido?Quem corre com cabeça de encontro muro sem motivo aparente? Quem se amarraria às fogueiras da inquisição? Eu não, não eu...

Wednesday, August 02, 2006

Semeando a dissolução

Minha resolução de morrer ainda é produto de um humor instável, ainda um brotinho verde e inseguro, que nem sazonou e muito menos atingiu a plenitude, forte o suficiente para agüentar muitos sopros do destino, e tempestades temperamentais.
O meu ser mais intenso coberto não por uma tênue, mas um espesso cimento de civilização, sei que é o ser, e não o simples desejo de sê-lo.
Essa mesquinharia que se esconde da sociedade como se fosse muito mais que ela, como se nunca fossem capaz de entendê-la bem tipo * O mundo não é o bastante* e mesmo assim se limita ao tal cimento.
É mas eu a entendo, todos os pensadores, não digo só os grandes, mas todos, antes de terem sua obra reconhecida foram citados loucos acusados como hereges e ateus ou foram ridicularizados, esse ser intimo é egoísta, não se importa de esconder segredos insanos, e não tem o menor desejo de tornar-se pródiga, não esta disposta a aturar ascos, e esgares, mesmo sabendo que é sempre assim: “ hoje se prepara o patíbulo e amanhã o monumento” monumentos não a interessam, nem o mero reconhecimento ela quer ser entendida e não tentará fazê-lo porque sabe que a probabilidade é nula, não se arriscará, não se jogará ao mundo...
Não por em quanto. É o mais intimo desejo dela e ele não faz parte do seu destino, ela também não vai se esforçar para que faça, é um desejo frígido, esta bem cansada das brigas entre desejos e destino, e encontra-se ofegante com a cabeça no travesseiro, maçãs avermelhadas e cabelo bagunçado grudando no rosto, só esperando a hora certa de se levantar, isso é se ela quiser se levantar.


Compartilhe de minhas loucuras
Compre algumas ações
E ganhe de brinde uma passagem para meu mundo
Prepare os cintos de segurança e saquinhos de vômitos
Segure-se firme em caso de turbulência, isso é corriqueiro
Não me tente imitar porque só eu posso manter-me em pé nas minhas idéias
Quando a curiosidade cessar eu mostro a entrada
E quando ela retornar te darei a passagem para a saida

Wednesday, July 26, 2006

Viagem para realidade



Passar pelas montanhas foi como adentrar as brumas de Avalon
A anciã esteve lá com todo seu conhecimento e me levou para o passado confuso e o possível futuro, fez-me sentir parte do todo.
Os cantos e as danças eram como dígrafos, o céu enfeitado com as mais belas estrelas, o chão do mais puro barro, paredes das mais belas arvores, lá em cima no “Tor” ao som dos tambores e chocalhos da noite

Feroz carrossel que gira gira gira e gira e
fica a passar pelo mesmo lugar
Quando deseja num impulso louco querer saltar
Quando o som já nem é mas ouvido
tem um cheiro distorcido
e o gosto esta no ar
Pensamos que é real mas só estamos a rodar
O bom senso briga com a crença
como por um doce as crianças
A verdade calada e surda
Já não importa-se com sua veracidade
Quando todo o seu poder esta nos sentidos incertos
e cambaleantes da vida.
O segredo guardado, sem motivo certo
esta no simplesmente duvidar
Não no acreditar simples e cego
Nem no desacreditar arredio
e incondicional
Esta no questionar a eternidade
Esta no não falar, ñ escrever, ñ usar letras, nem gestos
a quarta dimensão esta a cima das palavras
elas ñ servem para explicar nada
por isso você entende
é como uma leve brisa da tarde no mar
soprando para dentro da mente através dos olhos
a essência esta no simplesmente sentir
Sem fingir, quando realmente sente
e não aceita.
"just how deep do you believe?
will you bite the hand that feeds?
will you chew until it bleeds?
can you get up of your knees?
are you brave enough to see?
do you want to change it?
will you bite the hand that feeds you? will you stay down on your knees?"

Friday, July 21, 2006

Salvem as Bárbaras

Sem textos rimados, e enigmáticos hoje, estou de luto.
Conversando com minha querida amiga Deda descobri que estou em extinção
As Bárbaras estão sumindo do mundo, talvez eu seja a ultima fêmea da espécie,
e segundo a deda existem dois machos ainda só 2, e do jeito que sou eles vão acabar se apaixonando um pelo outro. Mesmo por que dificilmente me apaixonaria por eles.
Ótimo! Acho que a extinção da minha espécie se dá ao fato dela não gostar de se reproduzir ou talvez simplesmente não se adaptam a esse habitat.
Talvez não faça grande diferença para a sociedade, como muitos outros extintos não fizeram, mas é sempre triste...
Porque não é qualquer um que pode ver mágica em tudo, e ficar hipnotizado com as folinhas voando, achar que uma arvore é perfeita, que pode passar horas e horas vendo o sol se por sentada da grama sozinha, não é qualquer um que se apaixona por cheiros, e que gosta de sentir tudo com a maior das intensidades, mesmo que seja a pior das melancolias, que sente-se fora do mundo,que é incompreendido por ele e mesmo assim não se incomoda, que não tem medo de bichos, altura, correntezas, de falar, de morrer, de sentir, mas tem medo do escuro, que morre de curiosidade mas não quer saber a resposta, que gosta de se esconder para chorar, só acredita naquilo que pode sentir não bastando ver, que tem uma loucura infantil de voar pelo mundo de ler todos os livros falar todas a línguas,ouvir todas as musicas e experimentar todos os sorvetes, que ouve e sabe que seu final é insano, e que a sanidade é a pobreza da vida que te priva das respostas verdadeiras, que acredita que o encanto do mundo esta em seus segredos, que a certeza esta na incerteza e que a perfeição é imperfeita.
e isso, . não é um ponto final mas sim uma reticência
Se esta curioso para encontrar uma criatura dessas, ela pode ser encontrada trancada em banheiro de universidades, jogada em um canteiro pela noite, perdida nas estrelas caindo em sua cama pela manhã, procure nos sonhos da madrugada e nos devaneios do amanhecer, nas janelas quando chove e no quarto quando a tarde toda dorme.

Monday, July 17, 2006

Alguém aqui dentro vai se ferir...

Limões perniciosos que a Deoris tem que escolher...
Só queria atravessar a cama de gato de arames farpados
armada, por mim mesma, sem machuca-la
Fico a maldar meu futuro
A suspeitar do meu destino
E a duvidar de minha sorte
Somente saber que não pertenço
a esse mundo não me leva a morte
Fico a malbaratar pensamentos em tolices
Passo a ignorar os gritos, apelos e
arranhões desesperados que esfolam paredes da alma
Por somente julgar não saber o que se passa
E não procurar entende-lo
Mesmo quando no intimo
Deseja com toda força faze-lo
Os músculos todos se contraem
quando tenta vomitar esse desejo
A ânsia permanece e o desejo também
O organismo se transforma em algo voltaico
Mesmo sendo de ferro é vulneravel
Passo a olhar para o espelho
E encará-lo com esgar
Como se visse apenas uma de mim
A culpada...

E o pior de tudo, é essa maldita conformidade, é saber a verdade
E não abrir os olhos, a pior das auto sabotagens ... como tomar o elixir da vida quando se sabe que a essência do mundo esta na morte....

* ?????

Saturday, July 15, 2006

Menu: Doce de dor ao elixir da vida

Casa vazia, musica ao entardecer, venta lá fora e folhas voam... procurando sem sucesso de onde vem esse sentimento
Olhos de maré... experimentando sensações tentando torná-las intensas ... queria saber o que vou experimentar depois de provar de todos os vinhos de tristeza
Todas a champanhes de satisfação
Todos o s malibus de felicidade
Todos os conhaques de desprezo e inconformidade
Todas as vodcas de nostalgia
Todas as pingas de pirraça
Todas as doses de loucura
Todos os licores coloridos de sentimentos diversos
Já ébria da vida o que hei de experimentar?
Céu Azul e carregado
Nublado de nuvens
Nuvens, incertezas
Não se pisa nelas
Nuvens como cobras
Só esperando para te envolver em um doce
e peçonhento abraço
aconchegante e traiçoeiro
como o canto da sereia que te faz dormir
depois de dias de insônia
e te afoga em seu próprio mar
Se afogar em um mar de nuvens
A Traído pelo canto do vento
No canto do Céu
Perdida em seu mar e afogada em minhas nuvens....
Bússolas, latitudes e longitudes, pontos cardeais
não servem de nada quando se esta perdido em um triangulo...
Das bermudas, do destino, da vida, do esquadro,dos cinco elementos
da eternidade, do amor.
* Deoris

Wednesday, July 12, 2006

La Folle

Eu nem assim
nem assado, safado
Contido e inconstante
Vogal e consoante
Superficialmente igual
Inicialmente visual
Constantemente pensante
Inflexivelmente errante
Aparentemente feliz
Fácil e dificilmente irritante, e irritante
Olfativamente romântico
Auditivo e passionalmente musical
Classe dos suicidas famintos pelas vida
Assertivamente errado
Certamente incerto
Louco por conhecimento
Sede de esquecimento
Muito a se esquecer
Nada do muito em meu ser
Eu não singular, nem é singular
Mas também não tão igualmente plural
O eu é coletivo, tão coletivo como alcatéia
tantos a zumbir como abelhas em colméia
a zunzunzar como serpentinas de fogo subindo em torvelinhos
Essa coletividade é a coisa mais bárbara,
Confusão cheia de nevoa
Tantos presos, tantos soltos, tantos a preferir o luxo de suas gaiolas a emergir nesse mundo para serem repreendidos, e reprimidos, pelas suas verdades, evitando o desgaste de fugir do cadafalso usando de seus dons sociopatas, vivendo da certeza e prepotenciando sua capacidade, deixando para os outros viver em sociedade...

Quando falo com o lobo, eu solto o homem... e quando falo com o homem, solto o lobo

Saturday, July 08, 2006

“Sua pose de princesa da onde você tirou?”

Tolinha,
Pergunto-te de onde vem os bebes?
De onde vêm as manias, Lavar louça com um pé
Descalço apoiado na perna?
Mania de dar sustos?
De onde vêm os defeitos?
De onde vêm as mãos e pés magrelos?
De quem é a culpa de criar esse ser mimado?Essa vontade de ñ desistir em quanto não acabar?
Fica a dizer como sou bela, como pareço uma boneca,
delicada e sensível
Como é inteligente ela diz
Mas esquece que sou nada mais do que um reflexo
Um mero reflexo... Esquece-se de quem me ensinou
de quem moldou meu nariz, de quem me mostrou como
o ser humano deveria ser
Ainda não sou, mas chegarei lá...
E a sua pose de princesa da onde você tirou?

Monday, July 03, 2006

{ }

Nada sei nessa vida
Nado sem saber
Em coral de ondas
Sem farol nem sondas
EmCanto de conchas
Sem rumo nem fumo
Em som de sereia
Sem eira nem beira
Consigo, contigo
Nadar sem nadadeira

Thursday, June 29, 2006

Ressaca do sonho

Vem naquele mar de Idéias

a ressaca, arrastando tudo com sua força incontrolável

querendo tudo pra si, apagando todo e qualquer vestígio de existência

um afogamento em quimeras, em correnteza descontinuas,

engolindo peixes porque no mar não existem sapos...

noites me afogando, porque não sei andar na água

se quisessem que eu nadasse far-me-iam inteira peixe

Mar incerto de águas doces, docemente traiçoeiras

Fico a imaginar o que aconteceria num dia de eclipse

O peixe morreria sufocado, ou a cabra morreria afogada?

Os dois morreriam por ar, e aqui o que esta em questão é o mar...

Se passo as noites a sufocar-me em águas de quimera

E os dias a suportar o quietismo da inexistência deixado pela ressaca

Quando vou ter certeza que me afogo por estar ébria e acordo sóbria, ou se estou embriagada pelo oxigênio e a água gelada deixa-me sã?

O que me embebeda são as águas de quimera, ou a poeira de devaneio? Ou será que passo a vida toda ébria?

A única coisa que sei é que isso me dá uma tremenda dor de cabeça, dor de cabeça que nem um remédio resolve, ai ressaca!



...Sonhei que estava bebada e acordei com dor de cabeça, quando levantei não sabia se era uma ébria sonhando estar sóbria, ou se sou uma sobria que sonhei estar bebada...

(La Folle's adapitation)

Sunday, June 25, 2006

Sentido?

Mas o que é isso?
Por que algo tem de tê-lo
Se nada vai sê-lo?
Por que tanto quere-lo
Se ñ entende-lo?

Segui-lo por onde não se vai
pode levar onde se espera
mas pode-se esperar lugar algum
Senti-lo onde ñ existe,
o mais puro desperdício
Procura-lo onde ñ se deve
A pior das frustrações
Inventá-lo pela sanidade
A maior das previsibilidades...
Sentido o cheirinho da beleza,
encontra-se na desconexão!

Sentido?

Tuesday, June 20, 2006

Entre borboletas e/ou laranjas


Laranja é borboleta e borboleta é laranja
Laranjas estão a bater asas no meu estomago
Estão a borboletear no céu laranja as borboletas
Se borboleteiam as laranjas em céu de borboleta
Hão de borboletear as borboletas no meu estomago?
se a laranja se descasca a borboleta sai da casca
se borboletas ñ tem casca faz-se suco de belbellitas
se belbellitas são belas e bonitas, então quero ser uma laranja
se borboletas plantam, e laranjas planam
suas asas e folhas num tamanho farfalhas fazem panapaná.
Ai de mim com esse panapaná, da qui pra lá
de lá para cá no meu estomago a flutuar
mas com tamanho borboletar não é de se espantar tanto a se questionar
laranjas são borboletas, borboletas são laranjas,
ou são simplesmente borboletas e laranjas?
Acho que andei tomando muito suco de borboletas...

Monday, June 19, 2006

A eternidade no triangulo das árvores

- O homem com o par de meias diferentes fazendo cruzadinha no banquinho
- O casal de bixas futricando como duas garotinhas apoiadas nos cotovelos
-Mamãe papai e seus sete patinhos no laguinho (7 o numero da perfeição)
- Garotinha fugindo do pai em um triciculo (amarrado no braço dele)
- A garota que se dizia não supersticiosa, parou na porta da eternidade iluminada pelo sol e deu a volta, a final que pode cortar-la?
- o vento levando e levando o cabelo
-o sol agradavelmente quente e acolhedor, aquele de fim de tarde fria.
- Parar p/ beber água, e bicicleta ñ fica em pé depois de 5 tentativas ... jogar ela no chão
- A mãe jovem, seu bebe lindo e a musica parar no exato momento em que ela o beija
- A bola flutuando no lago
-deitar na grama abrir o braços e olhar os raios de sol furando as nuvens
- menino fazendo yoga no ritimo da minha musica
- o cachorro que corre corre atrás da bola
- arvore que fica sozinha no nada, com suas florezinhas vermelhas
- o chão coberto de “algodoes” caídos das Paineiras
- casal de cines negros, nadando, e nadando juntinhos
- cheirinho da terra
- levantar cheia de folhas no cabelo, e o sol já se vai indo, e vem chamando
- Ficar 1:30 com a bicicleta e pagar só 1h
- * moço me vê um caldo de cana pequeno?* , com canudinhos laranja, como a borboleta e a camiseta... o celular?
- Canela roxa
- pilha do mp3 acabar
-passar no sebo e encontrar um livro que gosta...
Pode sentir?
Bárbara:
* Julia ñ vai agradecer a Deoris pelo dia?*
Julia:
*obrigada Deoris, pela canela roxa ¬¬*

A escoria contentada


* ela acordou como se tivesse sido tocada por uma pluma na pontinha do nariz*

abriu os olhos e fitou o teto, a estante,o apanhador de sonhos, o mensageiro dos ventos suas estrelas e luas refletindo a luz do dia encoberta pela cortina semi aberta, pode-se dizer que esqueceu-se de que era simplesmente Deoris...

Olhou as fotos, fitou seus desenhos e procurou por algo familiar, fixou o olhar no nada da parede lilás...

Sentiu a beleza do dia, viu a musica que vinha da sala, ouviu o cheiro do alho fritando,olhou para a ponta dos pés descobertos,escutou seu cobertor fofinho apoiado em sua pele,

Sentiu a porta se entreabrindo, percebeu alguém chegando, ouviu os pés bem na sua frente levantou os olhos como se quisesse escutar melhor, numa confusão de sentidos sentimentos...

-Bom dia Flor do Dia

Bárbara abre os olhos e sorri um sorriso afável, estica ao braços e pernas sem sentir que seus ossos podem quebrar, e afoga seu rosto no travesseiro.

Sente-se caindo, e caindo, caindo em seu corpo.Sbruft! E ai vem mais um dia que poderia fazer-se diferente, mas vai ser igual...só por em quanto, disse Deoris, por em quanto...

Wednesday, June 14, 2006

“As falas do silêncio”

É estranho a maneira pela qual aprendemos as coisas, não sei se a de todos mas pelo menos as minhas.

Hoje de manhã quando sai para admirar a beleza dos prédios e torres, pessoas e carros barulhos e ensurdecedores, deparei-me com uma das criaturas mais perfeitas da face da terra, um das mais curiosas também, talvez a de maior encanto e beleza, que nos hipnotiza com seu vôo e ficamos horas ah viajar em suas asas coloridas.

Ela voava e voava e voava...e como podem aquelas asinhas feitas de nada possível e acreditável ñ se cansarem, como pode um ser tão pequeno voar no meio de tanta confusão e ñ se perder, e ñ ter medo, ela chegou tão perto que penso que se ñ tivesse fechado os olhos com tanta brusquidão teria pousado no meu nariz...

Talvez o motivo de tanta beleza, esteja na morte certa... elas vivem como lagartas sofridas e rastejantes, ñ procuram esconderijos mas escondem-se do mundo e passam dias a refletir, sobre aquilo que tanto quero descobrir, então atingem a perfeição, tanta perfeição que ela ñ se deixa estragar pelo tempo.

Em suas asas onde o ar passa depressa, onde o vento à arremessa, onde a gente perde a pressa, sobre a qual se desconversa,sob onde perdemos as palavras e vagamos no silencio continuo e falado, falado e levado, no vento que pensamos para sempre perdido, viajando em suas asas, provocando e vagando,criando e devastando, acabando e causando caos,vento maroto das asas, aquele safado que se vai e deixa só seu rastro de perfume no ar

Ah... era uma panapaná,uma belbellita...

E quando nascerem suas asas ela deixará esse mundo de sanidade e sobriedade e não saberá que se deixou estragar pelo tempo.

Sunday, June 11, 2006

A viagem de trem com destino passado



Fui para casa de campo hoje, comer comidas gostosas e visitar a vovó

...

Fomos de trem eu e minha mãe.

Fui andando pela plataforma, e me sentindo pequena e pequena, e as cores foram se perdendo e tudo foi ficando como um filme velho.

E no roteiro o trem passava e o vento vinha levando os caracóis rebeldes da pequena garota com o olhar soberbo, de quem sabia que nada era suficiente (a mocinha) . O vão do trem(o vilão) parecia tão grande, ela tomou distancia e pulou lá dentro! como adorava andar de trem,e comer moedinhas de chocolate... segurava firme na mão de seu pai( o mocinho), e aquilo fazia-a acreditar que nada nunca poderia toca-la, que aquela grande mão na sua pequena a protegia do mundo...

Precisava de tão pouco para sentir-se segura (a moral)

Saturday, June 10, 2006

A lembrança esquecida há muito tempo encontrada

Bom Dia sol, como amanheceu hoje?

Você pensa menina, que acordei agora?

Já passei pelas montanhas, já sequei a roupa da lavadeira e as gotas de orvalho, já escondi as estrelas, e agora, só agora estou a amanhecer teu dia?...

Bom dia menina !!!

Qual é o problema de às vezes esquecer quem é, quando na verdade nem mesmo sabemos o que ser,e se soubesse.... quando em uma manhã de sábado esta a caminhar sozinha e pára para admirar o nascer do sol,e então tudo parece nada, quando você ainda nem sonhou e as nuvens se desfazem como imagens de uma mente cansada e sonolenta e quebram como ondas sobre sua cabeça, e tudo começa a ficar rosado, as luzes ainda nem se apagaram, mas ai o céu vem ficando azul e você vai voltando para realidade,venho lembrando que tenho que voltar para casa, que estou sentada no frio, sozinha, no vão livre do masp,e quando me levanto para sair e olho lá no fundo, no fundo do fim do mundo e ainda tem aquela pontinha de rosa, seria tão bom se ela passasse o dia todo lá, só para poder esquecer-se, as vezes...

Apaixone-se então pela lua, porque essa manhã quem me fez esquecer-te foi o sol e se a terra não fosse tão ciumenta em sua rotatividade, ficaria a observa-lo a vida toda, toda e esquecida... quem, eu ou a vida?

Friday, June 09, 2006

" Siga o coelho branco"

Fernando diz:

ai eh que esta

Fernando diz:

ou voce se ilude

Fernando diz:

ou se perde na toca do coelho

Bárbara diz:

na verdade

Fernando diz:

discover how deep is the rabbit hole

Bárbara diz:

ou vc ignora o coelho

Bárbara diz:

ou vc se perde

Bárbara diz:

ou toma chá com ele

¹Medo [ do lat. Medu] Adj. 1. Da, pertencente ou relativo à Média antigo reino O.N. do atual Irã (Ásia); Médico 2. O natural ou habitante da antiga Média 3. Gloss. Língua indo-européia, extinta, falada pelos medos.

Medo [ do lat. Metu] 1.S.M. sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça, susto, terror, temor, pavor 2. V. receio 3. A medo, timidamente, hesitantemente.

Sendo um medo uma língua desconhecida fica tudo muito claro o porque de sentirmos, se soubéssemos falar em Medo, talvez ele ñ existisse, pois ele esta em tudo que ñ sabemos explicar, que não queremos ou não podemos entender, ou que simplesmente não conhecemos, e que fazemos questão de fechar os olhos quando esta bem na nossa frente, tudo o que temos? Noção, e o que é noção perto da complexidade do todo?

E se um Médico tentasse falar nossa língua assim que abrisse a boca, correríamos mesmo que com as pernas quebradas antes de ele falar o primeiro A de seu dialeto, o medo!

A grande incógnita é que se o medo foi extinto, então como chamamos aquele frio na barriga que te descontrola, te faz correr, ficar inquieto, hesitante, gritar, se esconder, ou mesmo ficar quietinho e paralisado naquela posição desconfortável? Como podemos sentir o que ñ conhecemos, esse é o medo, só como ñ se pode descreve-lo pegaram uma coisa extinta e colocaram seu nome...creio que isso ñ queira dizer nada, ou talvez queira

Bom talvez devesse me especializar em línguas, lingua dos Medos!

Um exemplo vivo do Medo é a Morte, vire uma carta de tarô, o arcano XIII, e vc verá um face branca e assustada, não no arcano, esperando uma explicação, para aquilo que ñ tem, não existe, presencia o medo na pessoa, medo daquilo que ela não sabe o que é, medo do desconhecido e inexplicável, A MORTE, ela representa mudanças, a carta, pessoas temem mudanças... e a morte?

E de verdade quem seguiria o tal do coelho branco?

Tuesday, June 06, 2006

A relatividade absoluta da proximidade dos pólos do mundo

 Um dia li no profile de uma menina de olhos azuis que relatividade é tudo!
Aderi isso para lista de compras do meu mundinho fechado, e a partir daí desenvolvi a minha relatividade: ninguém é muita gente e todo mundo ñ é ninguém, Nunca, é muito tempo e Sempre é pouco de mais. O nascer do sol de lá pra cá é por, o inverno inverso daqui pra lá é verão... e a primavera?seria outono? ñ importa as folhas caem mas os dois são quase a mesma coisa com uma diferença de céu, frutos e flores! Amanhã, do outro lado, já é passado, e ontem de lá pra cá é agora, já ontem daqui pra lá é antes de ontem, creio que o conceito da palavra ontem no dicionário esta, não errado, digamos,incompleto sendo amanhã de lá pra cá depois de amanhã e entramos então em conflito com os verbos e suas devidas conjugações,e o mundo todo passa a ser errado com essas explicações e conceitos que algum idiota inventou e milhares de outros acreditaram... e quem disse que as coisas caem e ñ flutuam??e quem garante que se estamos distraídos andamos nas nuvens e ñ no asfalto? Se na verdade andamos o tempo todo nas nuvens quando estamos concentrados por demais ...
E se virássemos tudo do avesso, pólo e pólo juntinhos, a coisa ia ficar tão quente que o gelo derreteria, mas isso depende, e se virássemos pelo outro avesso? Digo pegando pelos lados ñ pelos pólos ai o longe vira perto e o perto vira longe...
E esse é meu mundinho... perto é perto e longe é longe... claro, depende do meu conceito.

Sunday, June 04, 2006

Nos corredores do desespero escolhendo limões


-vá pegar limões...
Sacola na mão, ** será que se escolhe limão como se escolhe laranjas?** algo dizia que ñ, mas Deoris continuava escolhendo-os como se fossem laranjas
Foi um, dois, três tantos limões que a sacola ñ mais agüentava e reclamava...
... Volta com limões, e fica olhando mamãe escolhendo as comidas, a insatisfação intermitente, inquietação descontente,uma certa intransigência intolerante com uma tristeza pela incerteza iminente e o olhar de quem ñ vê nada faziam com arranjasse subterfúgios para tira-la dali...
- Vou pegar papel higiênico (ela falava já enquanto andava como se ñ esperasse uma resposta)
Deoris caminha entre os sabonetes mas, ñ sente o cheiro de nada, procura pelo papel mais fofinho abraça-o como se fosse seu ursinho contra o peito e suspira... ela ñ esta ligando para o que as pessoas vão pensar em quanto anda abraçada com aquilo que nem mesmo ela lembra o que é...
Ahh... Deoris! Ela ñ sabe fazer limonadas, Pobre Deoris fazendo comparações com o gosto do limão e as opções da vida.
**Mas que diferença faz como se escolhe limão, todos vão ser azedos mesmo...**

Wednesday, May 31, 2006

“A mágica profunda na aurora do Tempo”


E quem já ñ quis ser salvo pela luz do novo dia? Ele vem como um herói com sua capa de fogo cortando o céu e de repente parece que tudo ficou para trás... As coisas se vão com as horas e ficam com o Tempo como o pode ele guardar tanta coisa?
Surpreende-me como tudo ñ explode...
Acho que o Tempo é a coisa mais impressionante desse mundo. Ele é capas de mudar tudo, curar doenças, salvar vidas, fazer o destino, guardar segredos, mudar sua idéia, mudar sua cabeça, mudar sua opinião, mudar seu corpo, sua visão, seus sentimentos, sua vida, mudar o Tempo viajar a mil por hora quando você quer viver aquele momento para sempre e parar quando você quer correr...
Aprendi com o Tempo a ñ abominar coisa alguma isso é cármico, eu acho, quando o tempo passa e aquela coisa que você tanto abominava vira a melhor opção...
O Tempo ñ para quando precisamos pedir ajuda, ou queremos ajudar, então a gente corre, tropeça se embola, cai para tentar alcança-lo e passa por cima de tudo aquilo em que tropeçamos- para nos chamar atenção- e de forma alguma olhamos para trás e quando chegamo lá na frente dá vontade de chorar por ñ ter olhado direito para os nossos pés... E a única coisa que ele ñ faz... É Voltar...
Tempo Tempo que me leva para longe e me traga de volta, me leve pro céu e me jogue na terra, me torne imortal e faça-me morrer, me faça esquecer, esqueça-me e me lembre disso, faça me dormir eternamente me acorde em outro lugar olhe nos meus olhos e me de Medo, faça-me corajosa, atropele-me, passe por mim e em mim faça-me correr, chame-me de burra e me ensine, mas ñ me faça mais chorar... Não por amor

Sunday, May 28, 2006

Minha vida sem mim....


E tudo começou com a mais pura hipocrisia... de coisas que sempre foram e agora não são mais os amores que nunca existiram mas sempre foram aceitos e no final tudo não passou de uma crônica da vida!!! Nada contra as cronicas da vida, nem seus cinismos e hipocrisias, mas gostaria de escolher essa vida sem mim! Ou pelo menos escolher meu personagem! A Bela adormecida, e quer saber ? se o principe aparecesse e me acordasse espancaria ele....