Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Monday, October 23, 2006

“ O princípio do fim do mundo”

Onde as estrelas aposentadas descansam para se rejuvenescer e voltar a brilhar
Onde os pássaros saem do sol e respiramos sempre o fresco ar
Um aroma aliciante confuso e lilás a cheirar
As águas do mar ficam doce e tão claras que se pode ver o fundo
Pode-se quase ouvir o barulho do sol tocando as águas do fim do mundo
E quem ñ quer ver tudo da ponta, na borda do tudo?
Onde as pontas se juntam e nada é dor nem sofrimento, não existe tristeza nem saudade, nem tempo nem idade, onde a música é o silencio e a vida, morte... onde o sol não ofusca os olhos e não existe sorte.


Nos encontraremos na alvorada
Na praia da canoa virada
Na ilha da estrela aposentada
Na força da corrente desgovernada
Onde o mar junto com o céu
Escrevem mais do que um cordel
Onde as borboletas tem sete vidas
E o gato só a concebida
Onde as abelhas não perdem ferrão
E quem faz o mel é o zangão
Onde a rainha é bétula
E nossos travesseiros suas pétalas
Onde não se inveja os casais apaixonados
Pois passamos toda a vida enamorados
Porque nessa madrugada
Numa noite escura
Ou manhã ensolarada
Trocaria tudo por uma viagem ao fim do mundo
Com o Peregrino da Alvorada

1 comment:

Anonymous said...

Sem palavras Bah.. simplesmente lindo.. vc ficou ainda mais inspirada assim =** ...
Bjinhussss