Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Thursday, December 27, 2007

O fim de um ano novo, e o começo de um ano velho.


E mais um ano vem chegando ao fim
Cheio de tudo e de pouco
Longo tempo a regar meu jardim
Não mais me sentirei oco

Muitas sementes colheram para mim
Muitos em mim plantaram em muitos eu semeei
Houve os que me encantaram e com os quais me desencantei

Houve os que escutei, e os que ignorei
Dias em que vivi, dias em que ouvi
Com os quais corri, com os quais cantei
vezes em que morri,
as vezes em que acordei

Com os quais bailei, concentrei e desconsertei
Os quais me encaminharam e com os quais eu caminhei
Com os quais sonhei e os que me acordaram
Os que amei e ainda não me amaram

Os que se foram e os que hei de conhecer
Alguns defeitos, outros tormentos
Os perfeitos momentos, não se farão esquecer
As estrelas e os ventos
As noites e seguidas do amanhecer

Os que morreram e os que hão nascer
Obrigada a todos que tiveram fé,
Na vida, em Deus, no mundo, porque esses também tiveram fé em mim
Aos que lutaram e se mantiveram de pé
Esses que com todo seu encanto me ajudaram a regar meu jardim.

Obrigada, pois a tudo devo ao mundo
Pelo solo fértil e fecundo
E se hoje sou flor,
é porque me fizeste floreSer


Obrigada!

Tuesday, December 11, 2007

Vanilla Sky


Verdades Individuais ...

São mentiras.
Mentiras que te limitam ao teu próprio mundo, que te impedem de ver as verdades universais.
Verdades pessoais são formas de construir seu próprio mundo, mundo inventado assim como suas verdades, verdades essas verdadeiras só para você. A partir do momento que passa a ser só sua, e de mais ninguém, deixa de ser verdade e passa a ser mentira... Afinal, meia verdade é meia mentira

Não cansaste de tuas verdades?
... de tuas mentiras?

A maior verdade da vida não pode ser provada com palavras, ou melhor, ela não precisa ser provada, pois já tem a essência verdadeira e quem se permitir enxergar poderá compreendê-la.
Verdades universais não precisam que você acredite nelas para que existam, estão lá caso você queira ou não, não faz diferença para elas, mas faz para nós. Saber reconhecer uma verdade torna muito maior sua compreensão de vida.

O poder da verdade consiste em não precisar prová-la.


Não seja omisso, e sim presente
Se assim não o for será conivente.

Acolha a verdade
Não espere a idade
Pois o que você achou amigo, tempo
Não terá piedade

Liberte-se de seu mundo
Papel de parede da ilusão
Deixe ecoar o grito mudo
Passe a enxergar com coração

Ouça tua mãe chamando
Acolheu-te tão bem
E a deixas-te chorando
Desperte, pois do que imagina esta aquém

Há o que compreender do mundo além.
Enquanto viveres na escuridão
Não saberás de onde vem
Continuarás acreditando na ilusão
Sem ao menos ver o que a verdade tem.

Acorde, abra os olhos, a claridade os ofusca?
Não se preocupe, é por pouco tempo
logo poderá enxergar o que busca
e o que antes era tormento
será para os olhos ungüento.

Thursday, November 22, 2007

O ciclo da Vida visto por La Folle

“ -Bá acho que na vida passada você era uma lagarta...
-Por quê?
-Porque nessa você é uma borboleta!”


Todos nós em todas as vidas e/ou varias vezes numa mesma vida somos lagartas, e somos também os ovos e os casulos; para sermos então borboletas.
Os ovos são nossa fase de adaptação ao mundo físico, a lagarta é nossa fase de trabalho, labor para atingir e merecer a ascensão ao degrau superior, o casulo a fase de reclusão e reflexão daquilo em que tanto trabalhamos e tudo o que fizemos e aprendemos, a borboleta então é o nosso florescer, voltamos ao mundo livres de tudo aquilo que já passamos e sofremos, mas estas vivem apenas uma semana...
Então seremos ovos novamente, para ser lagarta casulo e então borboleta, cada vez um florescer mais belo e colorido, com asas maiores que voam mais e mais alto e assim será ate que um dia sejamos eternamente borboletas, borboletas em espírito, essas não morrem nunca.

Dormi numa vida e acordei num planeta
Dormi num casulo e acordei Borboleta
Dormi um minuto e perdi uma hora
Hoje vivo acordada para não perder o agora

Uma semana tem 7 dias
Cada dia é uma vida tua
e ti mesmo é quem as cordas fias

Uma semana pode ser longa
Dolorosa ou resoluta
Uma semana pode ser curta
Proveitosa ou dissoluta

Mas serão sempre 7 dias
E é tu quem as cordas fias

Monday, October 29, 2007

La Belle Époque

Dizem por ai que ela se foi
e não se sabe porquê
Foi-se como um violento tornado
arrastando tudo de belo e sagrado

Deixou história da sua beleza
Beleza, que só pertencia à realeza

Realeza rica mas não real
ao mundo eram tão desigual
Achavam que ter riqueza
era ser príncipe ou princesa

Mal sabiam do belo e sagrado
da bela época
que viveremos em um tempo dourado

Há aqueles que pensam que ela se foi
Foi como um tornado
mal sabem eles
que nada pode de nós levar
aquilo que é sagrado.

Ainda dormem e suspiram
sem saber porquê,
sempre lembrando,
do que nunca foi,
La Belle époque

E ela Passou a aula de física escrevendo sobre antecedentes da primeira guerra mundial

Deoris - Talvez algo mais que isso - Ironia

Monday, October 22, 2007

Empatia entre Homem e Relógio


O relógio faz de conta que conta o tempo
Quando conta contos de seus pontinhos
com encontros e desencontros de seus ponteiros

Que dançam no ritmo de Sansara
Ate que finda a pilha e ele para

Ora noite ora dia se juntam e se separam
Tic tac tic tac conta o seu triste conto
Com encontros cronometrados
Atingido pelo próprio veneno sem antídoto

Aquele que envelhece e mata
Se ficarmos no mesmo nó
Que não desata
Há ate mesmo ele de ficar com dó
De nossa conduta insensata

Pois, ora, culpa-te a ti mesmo pelo teu perdido momento
E ora, pois o relógio sabe o que ele perdeu
Então ora, pois dividem o mesmo tormento
...Ora, pois o que deixas-te ir era teu

Tic tac tic tac foi-se o tempo
Aquele não contado,
foi-se com o vento
do seu mundo inventado

Tuesday, October 16, 2007

Razão Irracional

Espanta-me tamanho palavrório
Ser tão contraditório
Como um jogo de gato e rato

Só tem sentido de imediato

Nada defini-se
Apenas compreende-se o inexplicável,
Mas não pelas palavras,
Pelo simples fato de compreendermos
De sentirmos o seu significar.

Elas são ditas,
Mas nós damos laço às fitas
O sentido deve ser sentido, e nada mais.

E assim podemos entender
Nossa grandeza e nossa pequenez
Sabedoria e ignorância
Buscar com avidez
E compreender a tal tolerância

O dentro e o fora
Nem externo nem interno
O que era antes e agora
Ser metade e ser inteiro

As palavras não dizem
Apenas insinuam
Daí tanto desentendimento
Limitam-nos como cimento

Ora, se mudos e surdos se comunicam
Não são palavras que identificam

Toda palavra é contraditória,
É muito e é pouco
É tesouro e escoria
É o sentido dado a louco

O sentimento sincero e rouco
Sem falar e compreendido.

As palavras ganham vida,
Sentimento e sentido quando saem da nossa boca
Sentido que morre quando alguém ouve,
e renasce a sua nova forma.

É isso, nunca serão nada e serão tudo
na boca de quem fala e nos ouvidos de quem ouve,
mas serão sempre verdadeiras no coração de quem sente
e compreende aquilo que existe além da mente

Wednesday, October 10, 2007

E vida é uma escolha


A Vida tem janelas
em que posso procurar a
escuridão da noite
ou a luz do luar

A vida tem pessoas
em que posso me inspirar
para ouvir o som da morte
ou a melodia do mar

A vida tem caminhos
em que posso me encontrar
a olhar de um mirante
ou perdido num patamar

A vida tem terrenos
em quais se pode caminhar
atento, calmo, e sereno
ou ao alento ficar a rodar

A vida é sem rumo
a vem nos convidar
para dançar ao som da guerra
ou sonhar à vida eterna


* Em algum dia da quinta série

Wednesday, September 19, 2007

Tocar ao som da Lua

Como seria tocar na Lua
Assistir de camarote ao espetáculo do universo
Deitar na terra e grama nua
Poder respirar nas profundezas do mar, submerso

Como seria tocar o céu
Virar o pólen nas patinhas da abelha
ser as cores da pintura no papel
a gota de chuva a escorrer da telha

Como seria ser uma bolha de sabão
A pétala da flor
do cego a intuição
da mãe o amor

Num sopro de vulcão voar na solidão
Num dia ensolarado ser da manhã o namorado
Numa floresta nublada ser borboleta encasulada
Numa noite estrelada ser do vento a namorada

Como seria ser mim sem eu
Ser você sem ser teu
Ser terra molhada
e boca aguada

Como seria ser o que sou?
Ser semente
Sem a razão ou dispersão
Dominar os mistérios da mente
Só amor e doação

Sem tristeza ou solidão
Saber-se parte do todo
Ser a luz da oração
Tira do corpo todo o lodo

Como seria tocar seu ser
Seguir na intuição
Alem do que posso ver
Ir pelo caminho do coração
E simplesmente crer

Como seria..... como seria?

Friday, September 14, 2007

Me nino... Me nina?


Nana, nina , MEnina
Canta o canto me encanta
Meia lua alumeia me ilumina
Sopra o sopro me assopra
Vento leva me eleva
Leva no vento dos sonhos
Leva do alento, atenta
a flor no beijo do vento
na ponta do bico do beija-flor
Nos moinhos gigantes
devaneios amantes
consigo ser eu
consigo sou ser
Cochicha o segredo, me conta
E encontra o segredo de mim
Sumido nas águas do Nilo
Enterrado em meu jardim
Ora menino MEnina, vento dos sonhos me eleva pra mim.

Tuesday, September 11, 2007

Como a Dama ama


Queria te amar como você me ama
Com essa beleza e decência
Como se da corte fosse eu a verdadeira Dama
Dona da verdade, perfume, e essência

Como ama a flor por ser flor
E o dia por amanhecer
Com o único e verdadeiro amor
Doendo ou não, não se pode esquecer

Queria eu ser Flor E Dama
Queria eu amar a noite por anoitecer
E o brilho das estrelas como você ama
Quero amar o sol por me aquecer

A Terra Por me ninar
Quero ser a essência
Queria como você, saber amar

Queria, ate descobrir que não amo,
Não como me ama,
Só o posso fazer como faço
Não como você ama a dama
Mas como ela te ama.

Não como me ama
Mas sim como te amo
Não como a flor ou dama

Mas como ao sol ama a lua
Como as folhas amam ao vento
sem ser minha nem tua
Como deve ser no firmamento

Como cada um ama
De sua forma de amar
de Sua fé ,Única,particular
Com uma diferença indiferente

A maneira tua e minha e de todos nos,
do universo de saber amar.

“Na alegria ou na dor nossa força é o amor”.

Tuesday, September 04, 2007

A Gravidade do tempo

Minha mãe me disse
Que posso dormir sossegada
Não tem monstro de baixo da beliche
E a luz pode ficar apagada

Minha mãe me disse
Que as nuvens são de algodão
E se algum dinheiro pedisse
Que um real vale um montão

Minha mãe pergunta
De quem são as estrelas?
São minhas claro,
Quem mais pode pensar em tê-las ?

Minha mãe me disse
Que a terra é redonda
E que agente não cai
Por causa de uma tal de lei da gravidade
Coisas que a gente aprende com tal da idade

É assim eu explico:
A idade torna as coisas graves
Daí vem a tal da gravidade da idade...

Quando eu crescer
Não quero ter essa tal de ida
de
coisa que não volta

minha mãe diz que é a lei da vida
Mas essa coisa de leis é bem confusa
Tanto que parece o cabelo da medusa
São tantas cobras e tantas leis que
nem sabemos qual a gente usa

Talvez se não tivesse essa coisa da gravidade
Não precisássemos de tantas leis
E então não existiria a tal da ida
de longe ao centro da terra

Mas se é lei que seja grave
Então que não me venha essa tal da idade.

“Num coração de mel de melão, de sim e de não, é feito um bichinho no sol de manhã, novelo de lã, no ventre da mãe , bate o coração”


Friday, August 17, 2007

O caderno careca e a arvore sem folhas


Folhas a rodopiar no chão
Subindo em torvelinhos pelo ar
Chego a não saber quantas são

Tantas que me fazem suspirar
Voando e voando elas vão
Fico eu a imaginar

Ate onde estas irão
Fica então subliminar
Se é que me entenderão,
O tal significar

Tanto me instiga
Que ate chego a sonhar
Parece-me que sem briga
Estão a admoestar

E eu sem saber
Sua linguagem secular
Fico a fingir entender
Porque eu não as quero pisar

Nem o que elas tentam dizer
Perdida em seu movimento circular
Um dia Hei de aprender
O segredo que elas tentam me explicar

Quando já não quiser saber
Por um simples desejar
Ai sim irei compreender
A beleza de saber olhar.



Seu encanto com as folhas era tanto,
que não podia deixa-las de canto,
tanto foi seu espanto que sonhou e acordou
e então já era tarde,
não sabia mais o que era sonho, ilusão ou realidade

Wednesday, August 15, 2007

Eim?

Por que a gente cresce?
Por que as estrelas Caem?
Por onde escada desce?
Por onde as portas saem?

Por que a gente ama?
Por que o mundo gira?
Gente grande cai da cama?
Quem é o curupira?

Por que a lagrimas são salgadas?
Por que não vejo os olhos que chorou o mar?
Por que pessoas ficam gripadas?
Por que não vejo o ar que vou respirar?

De onde vem a semente?
Quem são as más amadas?
Por que a pessoa mente?
Gente grande não vê as fadas?

Porque as flores murcham?
Porque o tempo corre?
Porque chicletes puxam?
Porque a gente morre?

Porque o sol é quente?
Porque a chuva molha?
Quem é que manda, mente?
Se não enxerga, porque não olha?

Por que são sete cores?
Por que são sete dias?
Por que eles tem dores?
E eu as alegrias?

Porque os olhos choram?
Porque a boca ri?
Porque crianças oram?
E quando as bocas choram,
olhos sorriem?

Porque o amor é doce?
Porque jiló é amargo?
Quem foi que aqui me trouxe?
Nesse mundo tão divago

Porque não sei a hora?
Porque a noite é escura?
Tão grande o mundo a fora...
Ou eu é quem sou burra?

Friday, August 10, 2007

Felicidade.

Ardia meus olhos
De ver tamanha covardia
Se esconder do medo
Irracionalmente intolerante
Olhe para dentro
Veja o teu semblante

Não suje parte do que sou
Honrando aquilo que és
Hora seja firme, forte
Chegue então do mestre aos pés

Abra os olhos, enxergue
Aceite o que lhe foi permitido ver
Então se entregue
Seja o mais puro Ser

Sinta, e saiba a verdade
Queira sentir, busque,
com sinceridade
Só assim encontrará o que todos procuram
A feliz cidade.

Friday, July 27, 2007

Pintando um UniVerso

Pinto desenho
Rabisco o infinito
As fagulhas da fogueira viraram estrelas no céu
As palavras são pouco para o meu papel
Pinto o dito distinto
Desenho palavras pintando versos
Em ceu de noite, em sol de dia
Perdidas nas cores do uniVerso
elas dançam em perfeita harmonia


Era uma tremenda confusão de flores, ela sentia as palavras, cheirava as cores,vivia os sonhos,e chorava os amores.

Wednesday, July 11, 2007

edaduaS

Então eu acordei
E minha alma chorou
Eu me lembrei
À minha memória retornou
O quanto vivi, o quanto morri
O contrario do avesso,
Eu tinha um... endereço?
O quanto sofri, em deixar o Lar
De tanto sofrer não consigo lembrar
Ai que saudade de Casa
Ai como eu quero voltar
Como criança perdida desatei a chorar
Sempre soube que não era daqui
Nunca entendi esse lugar
Mas comigo tem muitos
E iremos caminhar
Em passadas de marcha
Como soldados depois da guerra,
para casa retornar.
E as asas dela nasceram, e ela não se deixará estragar pelo tempo

Tuesday, June 19, 2007

Esta Flor

Dia fui o que serei
Noite é, o que será
Do botão fez-se a flor
Da flor o pó fará

Passar os dias a esquecer
As noites a recordar
Nos sonhos amanhecer
Na ilusão o despertar

Do pó far-te-á flor,
E da flor o botão
Tu que eras cor
Parte do céu
em sol de por


Vai–se o tempo
Em carro de folia
Vai-se o dia pela noite
E a noite pelo dia

Foram-se as estrelas levadas pela manhã
Foi-se o sol levado pela tarde
Foi-se para floresta
O fogo que tanto arde


Vai–se o vento
vai-se o som
e ficamos só nós
no fogo da floresta,
em busca da única flor que resta.

Sunday, June 03, 2007

Hoje

Todos nós temos esperança.
Algumas vezes ela falha, some, apaga, parece que tudo que você tem sonhado é uma grande besteira, ela fica como aquelas luzes brancas de cozinha que vivem acendendo e apagando.
Agente sente medo, deixa de fazer tantas coisas, dizendo-se por falta de vontade, ou tentando nos convencer de que é besteira... Mas por quê? Se queremos tanto? O medo nos priva das coisas boas da vida, coisas que nos fariam tão melhores em tantos aspectos... Mas medo de que? Tem gente que prefere não se perguntar, não saber e deixar como um simples desleixo... Mas é mais que isso não é?
É algo que a maioria das pessoas finge não sentir, ou não entendem, ou simplesmente diminuem a tal ponto que chegam fazer parecer que não existe.
Pois se posso te fazer acreditar, existe... Pergunte-se da próxima vez quando deixar de fazer algo que quer muito por “nada”, então vai entender o que estou dizendo.
Voltando a luz, mantenha-se firme na vontade em quanto ela pisca, depois de um certo tempo ela acende por completo, ate chega a doer os olhos de tão forte, só se apagará novamente se quisermos apertar o botão.
Durma medo, amigo meu
Faz-me acordar e enxergar o que é
e sou por direito,
tua metade,
teu pedaço, sou inteiro
Durma de luz acesa,
Para que eu possa continuar no caminho
Guie-me no escuro se não podes dormir assim
Se crio-te eu mesma para que seja o Meio não o fim
Não seja barreira ou farei com que se afaste de mim
Sei que és amigo, que me ensina a vencer,
a crescer ,a viver.
E eu, ahh! que desalmada vou ser
Far-me-á corajosa, e eu te farei morrer.



Thursday, May 17, 2007

A dimensão do infinito


Onde já não se pode mais pensar
Já não se pode mais saber
Já não dá para entender
Acima da compreensão humana
Onde ter certeza é o ser incerto
E não se pode se dizer correto
Para as terras Além mar
Onde sonha-se chegar
As que só se podem encontrar
Aqueles que não se preocupam
loucamente em procurar
É simples e natural como sonhar
Mantém-se firme ao passo o andar
E então quando a eternidade está a caminhar
um caminho sem fim e nem começo
Sem o colo nem o berço
Direção ou endereço
Descobre-se a dimensão
Do sem explicação
Da vida, da inspiração
O porquê da ilusão...
Acha–se ao fim do mito
Pois o fim não existe,
logo é certo, o infinito.

Wednesday, May 16, 2007

Aceito

Aceita sem desfeita
Como ungüento sem preconceito
Conduz a luz àquele que se encontra no alento
Descansa em sua paz, sempre atento
E sempre que penso em não agüento
Mostra a terra então seu talento

O que dá sem receber
Mostra-nos o seu saber
Orgulha-se de saber viver
De poder da fonte da vida
todo dia água fresca beber

humilde aquele que aceita receber
e na vida há de perceber a grandeza
do ciclo incessante a beleza de quem dá
e na verdade recebe e o respeito de quem recebe
e na verdade esta a dar

Dê sem pensar em receber, receba assim,sem saber que dá
Então estará do ciclo você também a participar

Tuesday, April 17, 2007

As borboletas do Sol

E para que tanto querer
Se tão pouco faz-nos viver?
E a tanto complicar,
se a simplicidade é a explicação para amar
Quando se pensa que por ser pequeno é pouco
Não se pode enxergar a grandeza da manifestação divina
Pois só podemos ver o grande,
quando compreendemos a grandeza do pequeno.
Pode se ver a Borboleta sozinha voando e voando, e só quando compreender a grandeza desse vôo, só quando sentir o quão grande e perfeito ele é, poderá perceber que esta numa nuvem de Borboletas.

Ela foi até a arvore, sentiu vontade de tocá-la, não o fez como gostaria, mas percebeu que havia sido tocada por ela, quando levantou do chão e procurou pelo seu travesseiro, viu que ele não existia, percebeu que tinha dormido no colo da terra, e descobriu que tudo que ela precisava estava ali.

Thursday, January 18, 2007

Mergulhador


Eu tenho um passarinho
Ele gosta de cantar
Não é um Colibri
Nem um Sabiá
Eu tenho um peixinho
Que esqueceu de respirar
Não sabe viver em terra
Quanto menos no mar
Peixe que nada em céu
de passarinho beijando as flores
na lua da água do mar
Eu tenho um Beija-Flor
Que sonha com ardor
Perco-me em seus devaneios
Em seus beijos de amor
Beijos, aqueles que tanto espera sua flor

“ Beija- flor sou tua rosa venho amar-te ate morrer”