Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Monday, February 11, 2008

Peixes que voam

"O peixe-voador (Exocoetus volitans) é um peixe teleósteo beloniforme da família dos exocetídeos, geralmente pelágico, de distribuição circuntropical, muito capturado em várias regiões.A espécie chega a medir até 25 centímetros de comprimento, de corpo alongado, dorso azul-acinzentado, flancos prateados e ventre claro, nadadeiras pélvicas muito curtas, peitorais extremamente desenvolvidas e caudal furcada com lobo inferior maior. Também é conhecida pelos nomes de cajaleó, cajaléu, coió, holandês, pirabebe, santo-antônio, voador-cascudo, voador-de-pedra e voador-de-fundo. Quando o peixe-voador pula para fora d'água para "voar" ele pode atingir uma altura de 6 metros e planar por uma distância de 90 metros..."

Peixe que luta contra correnteza
Vem alem do distante,

Nada com toda a certeza
E chega em um instante

Se apressa, nada

Vai voando na água

Pondo o sol no Céu

Vem chegando,alvorada


Vai pela onda levada

A manhã ensolarada

Vem trazida pela maré

A força de uma corrente

Vinda de outro reino ela é

e vai levando-lhes a mente


Vão caindo e subindo
Acordando e dormindo


Eles se vão e vão

Chorando e sorrindo


Se afogam e gostam de ser afogados

Nessa corrente de longe

Se sentem tão amados


Ate que as águas amassam

Os que ate o fim lutaram, puderam chegar

nas corredeiras eles dançam

preparam-se para retornar

e aos que no caminnho ficaram

lá vão eles , voltaram para ajudar .

"Nós vivemos como peixes :
Com a voz que em nós calamos, com essa paz que não
achamos...
peixes pássaros pessoas
nos aquários, nas gaiolas
pelas salas e sacadas
afogados no destino "


Thursday, February 07, 2008

Anjos


Foi um anjo quem me disse
Com toda sua ternura
Para que meu olho eu abrisse
E enxergasse sem amargura

Para que não me tornasse
Como mundo em volta
Sem distinção amasse
Mesmo pessoas vivendo em revolta

Ele me disse que se ouvisse com coração
A qualquer pergunta que fizesse
Teria respostas com precisão

Me disse que se pudesse sentir o que o vento dizia
Saberia muito dos segredos do mundo
E se pudesse observar o fogo saberia a história da vida
Se pudesse escutar as águas compreenderia o infinito
E se na mãe terra ninasse saberia onde a tudo encontrar

Dizia que os segredos são como contos
E que dentro de mim eu os encontro
Que o universo é tão grande por fora quanto por dentro
Porque na verdade são o mesmo quando entro

Ele me conta sobre a eternidade
Coisas que só compreenderei
Vivendo na verdade

Conta quanto falta para
Eu andar em solo de realidade
E me espera
Para me levar ate sua cidade

Ele me conta sobre suas conversas com as estrelas
E diz que suas vozes são tão doce, que eu realmente preciso conhece-las

Suas histórias me enchem de saudade
Tão perto e tão longe
Como dois amantes, sendo um o monge

Ele me protege e me aguarda
Me chama pelo meu nome,
Mas só posso chama-lo de anjo da guarda


“a lua nos chama aos degraus de prata, nada amedronta meu anjo da guarda, a luta na terra é dura e sofrida mas a liberdade é a batalha em nome da vida”