Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Wednesday, June 14, 2006

“As falas do silêncio”

É estranho a maneira pela qual aprendemos as coisas, não sei se a de todos mas pelo menos as minhas.

Hoje de manhã quando sai para admirar a beleza dos prédios e torres, pessoas e carros barulhos e ensurdecedores, deparei-me com uma das criaturas mais perfeitas da face da terra, um das mais curiosas também, talvez a de maior encanto e beleza, que nos hipnotiza com seu vôo e ficamos horas ah viajar em suas asas coloridas.

Ela voava e voava e voava...e como podem aquelas asinhas feitas de nada possível e acreditável ñ se cansarem, como pode um ser tão pequeno voar no meio de tanta confusão e ñ se perder, e ñ ter medo, ela chegou tão perto que penso que se ñ tivesse fechado os olhos com tanta brusquidão teria pousado no meu nariz...

Talvez o motivo de tanta beleza, esteja na morte certa... elas vivem como lagartas sofridas e rastejantes, ñ procuram esconderijos mas escondem-se do mundo e passam dias a refletir, sobre aquilo que tanto quero descobrir, então atingem a perfeição, tanta perfeição que ela ñ se deixa estragar pelo tempo.

Em suas asas onde o ar passa depressa, onde o vento à arremessa, onde a gente perde a pressa, sobre a qual se desconversa,sob onde perdemos as palavras e vagamos no silencio continuo e falado, falado e levado, no vento que pensamos para sempre perdido, viajando em suas asas, provocando e vagando,criando e devastando, acabando e causando caos,vento maroto das asas, aquele safado que se vai e deixa só seu rastro de perfume no ar

Ah... era uma panapaná,uma belbellita...

E quando nascerem suas asas ela deixará esse mundo de sanidade e sobriedade e não saberá que se deixou estragar pelo tempo.

1 comment:

Anonymous said...

"ela chegou tão perto que penso que se ñ tivesse fechado os olhos com tanta brusquidão teria pousado no meu nariz..."

nhai, a parte mais fofa! ^-^