Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Wednesday, August 09, 2006

Minha matéria nos teus braços

Sua matéria no meu espaço
Espaço dos meus braços
em seus abraços e entrelaço
seu espaço em meus amassos
Nada de pedaços de espaço entre laços
Não se podem dizer que ele existe quando
a
comissura entre corpos,
espaço e matéria, é perfeita
de tão grande tamanha estreita.
Heresia afirmar que existe espaço
em tão perfeito abraço
tentar escapar sendo escopo
com medo dos marca-passos
subirem-lhe às fauces
e saírem pela boca
de tão apertado sem espaços para passos
pobre marcador, chega a ser inutilizado
quando peito e seio dividem um só coração
e o espaço faz o processo inverso da mitose
O cientifico chega ser diletante
E empírico passa a ser
validamente avaliado
Quando estamos a falar de corpos, matéria e espaço
.

2 comments:

Anonymous said...

coisas que nem a ciência explica...
Como proceder nesses casos???
sei lá...

Anonymous said...

seriam antíteses ou aliterações as figuras de linguagem que se apossam de nossos mais profundos segredos pra transpassarem nossos idiomas com sinais sonoros iguais?

"Sua matéria no meu espaço
Espaço dos meus braços
em seus abraços e entrelaço"

Como a mais pura das verdades "sonho que se sonha só é só sonho" Me falha a memória da figuração gramatical, talvez pela mesma ser apenar uma maquiagem daquilo que queremos dizer e precisamos enfeitar.

Como o mesmo artificio de se fazer anônimo, para talvez enfeitar os pensamentos, aflorar curiosidade. Afinal, o que é mais belo que o desconhecido?