Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Wednesday, July 26, 2006

Viagem para realidade



Passar pelas montanhas foi como adentrar as brumas de Avalon
A anciã esteve lá com todo seu conhecimento e me levou para o passado confuso e o possível futuro, fez-me sentir parte do todo.
Os cantos e as danças eram como dígrafos, o céu enfeitado com as mais belas estrelas, o chão do mais puro barro, paredes das mais belas arvores, lá em cima no “Tor” ao som dos tambores e chocalhos da noite

Feroz carrossel que gira gira gira e gira e
fica a passar pelo mesmo lugar
Quando deseja num impulso louco querer saltar
Quando o som já nem é mas ouvido
tem um cheiro distorcido
e o gosto esta no ar
Pensamos que é real mas só estamos a rodar
O bom senso briga com a crença
como por um doce as crianças
A verdade calada e surda
Já não importa-se com sua veracidade
Quando todo o seu poder esta nos sentidos incertos
e cambaleantes da vida.
O segredo guardado, sem motivo certo
esta no simplesmente duvidar
Não no acreditar simples e cego
Nem no desacreditar arredio
e incondicional
Esta no questionar a eternidade
Esta no não falar, ñ escrever, ñ usar letras, nem gestos
a quarta dimensão esta a cima das palavras
elas ñ servem para explicar nada
por isso você entende
é como uma leve brisa da tarde no mar
soprando para dentro da mente através dos olhos
a essência esta no simplesmente sentir
Sem fingir, quando realmente sente
e não aceita.
"just how deep do you believe?
will you bite the hand that feeds?
will you chew until it bleeds?
can you get up of your knees?
are you brave enough to see?
do you want to change it?
will you bite the hand that feeds you? will you stay down on your knees?"

Friday, July 21, 2006

Salvem as Bárbaras

Sem textos rimados, e enigmáticos hoje, estou de luto.
Conversando com minha querida amiga Deda descobri que estou em extinção
As Bárbaras estão sumindo do mundo, talvez eu seja a ultima fêmea da espécie,
e segundo a deda existem dois machos ainda só 2, e do jeito que sou eles vão acabar se apaixonando um pelo outro. Mesmo por que dificilmente me apaixonaria por eles.
Ótimo! Acho que a extinção da minha espécie se dá ao fato dela não gostar de se reproduzir ou talvez simplesmente não se adaptam a esse habitat.
Talvez não faça grande diferença para a sociedade, como muitos outros extintos não fizeram, mas é sempre triste...
Porque não é qualquer um que pode ver mágica em tudo, e ficar hipnotizado com as folinhas voando, achar que uma arvore é perfeita, que pode passar horas e horas vendo o sol se por sentada da grama sozinha, não é qualquer um que se apaixona por cheiros, e que gosta de sentir tudo com a maior das intensidades, mesmo que seja a pior das melancolias, que sente-se fora do mundo,que é incompreendido por ele e mesmo assim não se incomoda, que não tem medo de bichos, altura, correntezas, de falar, de morrer, de sentir, mas tem medo do escuro, que morre de curiosidade mas não quer saber a resposta, que gosta de se esconder para chorar, só acredita naquilo que pode sentir não bastando ver, que tem uma loucura infantil de voar pelo mundo de ler todos os livros falar todas a línguas,ouvir todas as musicas e experimentar todos os sorvetes, que ouve e sabe que seu final é insano, e que a sanidade é a pobreza da vida que te priva das respostas verdadeiras, que acredita que o encanto do mundo esta em seus segredos, que a certeza esta na incerteza e que a perfeição é imperfeita.
e isso, . não é um ponto final mas sim uma reticência
Se esta curioso para encontrar uma criatura dessas, ela pode ser encontrada trancada em banheiro de universidades, jogada em um canteiro pela noite, perdida nas estrelas caindo em sua cama pela manhã, procure nos sonhos da madrugada e nos devaneios do amanhecer, nas janelas quando chove e no quarto quando a tarde toda dorme.

Monday, July 17, 2006

Alguém aqui dentro vai se ferir...

Limões perniciosos que a Deoris tem que escolher...
Só queria atravessar a cama de gato de arames farpados
armada, por mim mesma, sem machuca-la
Fico a maldar meu futuro
A suspeitar do meu destino
E a duvidar de minha sorte
Somente saber que não pertenço
a esse mundo não me leva a morte
Fico a malbaratar pensamentos em tolices
Passo a ignorar os gritos, apelos e
arranhões desesperados que esfolam paredes da alma
Por somente julgar não saber o que se passa
E não procurar entende-lo
Mesmo quando no intimo
Deseja com toda força faze-lo
Os músculos todos se contraem
quando tenta vomitar esse desejo
A ânsia permanece e o desejo também
O organismo se transforma em algo voltaico
Mesmo sendo de ferro é vulneravel
Passo a olhar para o espelho
E encará-lo com esgar
Como se visse apenas uma de mim
A culpada...

E o pior de tudo, é essa maldita conformidade, é saber a verdade
E não abrir os olhos, a pior das auto sabotagens ... como tomar o elixir da vida quando se sabe que a essência do mundo esta na morte....

* ?????

Saturday, July 15, 2006

Menu: Doce de dor ao elixir da vida

Casa vazia, musica ao entardecer, venta lá fora e folhas voam... procurando sem sucesso de onde vem esse sentimento
Olhos de maré... experimentando sensações tentando torná-las intensas ... queria saber o que vou experimentar depois de provar de todos os vinhos de tristeza
Todas a champanhes de satisfação
Todos o s malibus de felicidade
Todos os conhaques de desprezo e inconformidade
Todas as vodcas de nostalgia
Todas as pingas de pirraça
Todas as doses de loucura
Todos os licores coloridos de sentimentos diversos
Já ébria da vida o que hei de experimentar?
Céu Azul e carregado
Nublado de nuvens
Nuvens, incertezas
Não se pisa nelas
Nuvens como cobras
Só esperando para te envolver em um doce
e peçonhento abraço
aconchegante e traiçoeiro
como o canto da sereia que te faz dormir
depois de dias de insônia
e te afoga em seu próprio mar
Se afogar em um mar de nuvens
A Traído pelo canto do vento
No canto do Céu
Perdida em seu mar e afogada em minhas nuvens....
Bússolas, latitudes e longitudes, pontos cardeais
não servem de nada quando se esta perdido em um triangulo...
Das bermudas, do destino, da vida, do esquadro,dos cinco elementos
da eternidade, do amor.
* Deoris

Wednesday, July 12, 2006

La Folle

Eu nem assim
nem assado, safado
Contido e inconstante
Vogal e consoante
Superficialmente igual
Inicialmente visual
Constantemente pensante
Inflexivelmente errante
Aparentemente feliz
Fácil e dificilmente irritante, e irritante
Olfativamente romântico
Auditivo e passionalmente musical
Classe dos suicidas famintos pelas vida
Assertivamente errado
Certamente incerto
Louco por conhecimento
Sede de esquecimento
Muito a se esquecer
Nada do muito em meu ser
Eu não singular, nem é singular
Mas também não tão igualmente plural
O eu é coletivo, tão coletivo como alcatéia
tantos a zumbir como abelhas em colméia
a zunzunzar como serpentinas de fogo subindo em torvelinhos
Essa coletividade é a coisa mais bárbara,
Confusão cheia de nevoa
Tantos presos, tantos soltos, tantos a preferir o luxo de suas gaiolas a emergir nesse mundo para serem repreendidos, e reprimidos, pelas suas verdades, evitando o desgaste de fugir do cadafalso usando de seus dons sociopatas, vivendo da certeza e prepotenciando sua capacidade, deixando para os outros viver em sociedade...

Quando falo com o lobo, eu solto o homem... e quando falo com o homem, solto o lobo

Saturday, July 08, 2006

“Sua pose de princesa da onde você tirou?”

Tolinha,
Pergunto-te de onde vem os bebes?
De onde vêm as manias, Lavar louça com um pé
Descalço apoiado na perna?
Mania de dar sustos?
De onde vêm os defeitos?
De onde vêm as mãos e pés magrelos?
De quem é a culpa de criar esse ser mimado?Essa vontade de ñ desistir em quanto não acabar?
Fica a dizer como sou bela, como pareço uma boneca,
delicada e sensível
Como é inteligente ela diz
Mas esquece que sou nada mais do que um reflexo
Um mero reflexo... Esquece-se de quem me ensinou
de quem moldou meu nariz, de quem me mostrou como
o ser humano deveria ser
Ainda não sou, mas chegarei lá...
E a sua pose de princesa da onde você tirou?

Monday, July 03, 2006

{ }

Nada sei nessa vida
Nado sem saber
Em coral de ondas
Sem farol nem sondas
EmCanto de conchas
Sem rumo nem fumo
Em som de sereia
Sem eira nem beira
Consigo, contigo
Nadar sem nadadeira