Peço perdão, Amor ,
Minha casa é uma bagunça,
Cheia de paredes rachadas,
Entulhada de lembranças antigas,
Lembranças guardadas por feras
Tive medo de mexer nas paredes
E desmoronar
Tive medo de mexer nas lembranças
e sucumbir ás feras
Mas quero dizer, Amor,
Que estou preparando morada para você
Que caiam as paredes,
Que venham as feras,
Vou enfrenta-las todas
Vou readequar as lembranças aos lugares delas ,
e vou construir novas paredes com materiais maduros ,
com respeito, com carinho para que você se achegue um cadinho mais
Só peço que tenha paciência, Amor ,
Porque farei tudo com o tempo da sabedoria de consolidação,
e aconchego da flexibilidade para que você chegue e sinta-se parte desse lar
Meu peito será nosso templo,
Até lá , portas fechadas , aqui dentro, o mundo acontecendo.
A magia de unir versos, buscando a perfeição ate que sejamos todos um só verso, um universo.
Aos Críticos
" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: “Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"
"Aos Loucos e Raros"
Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.
Wednesday, November 15, 2017
Saturday, September 02, 2017
Donas de um só tempo
Tempo é assim, a coisa
mais relativa...
Ele tem meu próprio eu
, porque eu sou dele
mas ele nunca é meu.
São tantos os tempos,
e é também tão pouco.
Às vezes constroem
pontes preciosas,
às vezes Criam muros e
distâncias solidas.
Tem tempo de ser, e o
que era,
às vezes nem se vê, e
já se foi
às vezes parece que
sempre esteve.
E por minutos causa
encontros precisos,
ou desencontros
inesperados pela espera
Inesperados pois a
espera é solitária,
e solidão, é um tempo
em que só se tem um.
Precisos quando em
linha tênue,
como os ponteiros dos
segundos
consegue se andar a
dois,
criar uma velocidade
média
Aí , o tempo que é
meu, e o que é seu
torna-se o nosso tempo.
E o nosso tempo, é o
melhor tempo.
Porque é nosso...
Sunday, July 30, 2017
Poesia do Vinho
Te conheço como quem está procurando um vinho ...
Olho a garrafa , o rótulo.
Leio então a poesia de sua descrição :
Suave ,notas de perfume floral adocicado,
sabor prolongado e aveludado,
algo mais de um tanto indecifrável ...
Você vem assim ,
com esse rótulo de vinho raro,
cheio de poesia misteriosa que faz vontade de provar.
Olho a garrafa , o rótulo.
Leio então a poesia de sua descrição :
Suave ,notas de perfume floral adocicado,
sabor prolongado e aveludado,
algo mais de um tanto indecifrável ...
Você vem assim ,
com esse rótulo de vinho raro,
cheio de poesia misteriosa que faz vontade de provar.
Tuesday, July 25, 2017
Dobrando esquinas
Amo a surpresa nos encontros ...
Assim , como a espontaneidade de se encontrar com uma música no rádio ,
ou nos versos do poema que se apresenta.
Como a graça de estar caminhando na rua ,
dobrar uma esquina, e de repente ,
despretensiosamente, dar de cara com a lua sorrindo ...
Ah sim , amo encontrar-me com surpresa !
Assim , como a espontaneidade de se encontrar com uma música no rádio ,
ou nos versos do poema que se apresenta.
Como a graça de estar caminhando na rua ,
dobrar uma esquina, e de repente ,
despretensiosamente, dar de cara com a lua sorrindo ...
Ah sim , amo encontrar-me com surpresa !
Tuesday, June 13, 2017
O som do oceano em mim
Meu coração é assim , feito oceano
em que se pode nadar tranquilo.
É sereno e vazante quando você não está.
Mas quando chega , vem com a cheia,
deslizando no ritmo da minha onda , como se fosse dona desse todo meu mar
em que se pode nadar tranquilo.
É sereno e vazante quando você não está.
Mas quando chega , vem com a cheia,
deslizando no ritmo da minha onda , como se fosse dona desse todo meu mar
Faz um retumbar de ondas soando em ritmo cardíaco,
batendo em todas as minhas paredes,
como se já não me coubesse.
E então, quando você se vai ...
Sobra-me sempre a ressaca transbordando ...
Resta-me esperar pela vazante, a calmaria, o mar há de serenar
E o coração ?
Ah ! o coração é oceano ...
É mais fácil quebrar do que ser quebrado
Sunday, January 29, 2017
E o flamboyant deitava no braço de rio como ela deitava em seus braços, roçando folhas e cabelos nas ondulações da pele, que vibrava como as águas arrepiadas pelos suspiros do vento.
Seus abraços eram assim : quentes como um mar tocado pelo sol poente
E seguiram acariciado-se em natureza, num amor suave feito garoa que encharca, livre e leve feito brisa que passa.
Subscribe to:
Posts (Atom)