Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Thursday, August 19, 2010

As margens de um rio

As médias, ponderadas ou aritméticas, existem devido à diversidade e os extremos dos algarismos que fazem partes do seu cálculo. Isso para a matemática.
O passado e o futuro permitem a existência de um presente, no português.
O nascimento e a morte possibilitam o mistério da vida, na biologia.
As margens de um rio permitem que ele exista, na natureza.
A existência do meio depende dos extremos, literalmente e metaforicamente.
A média é o normal... as margens são os diferentes. Mas temos que lembrar que um rio só existe por causa de sua margem. Ou seja... O “normal” existe devido a existência do diferente...
Ser normal é estar na média, ser diferente é fazer parte do cálculo...
Então quando não existir mais margem, e todos forem normais e/ou diferentes os limites do rio se desfazem...a marginalidade é desfeita e então o rio se torna o infinito.
E diferente e normal não será mais que uma vaga lembrança de nosso período Holoceno.

Pois estamos todos nós presos pelas diferenças
Como se fossemos lógicos, matemáticos
feitos por um cálculo.
Como se fossemos verbos já conjugados
comandados pelo português
Ou quem sabe como se fossemos somente a vida
entre o nascimento e a morte descrita pela biologia
Como se fossemos condenados a permanecer
dentro das margens de nosso corpo como o rio
que existe na natureza.
Somos matemática, biologia, português, natureza
Somos feitos por um cálculo, somos verbos, somos vida e somos natureza...
Mas é mais que isso não é?
Não somos apenas o meio, digo aquele que está entre as margens
Pois somos também o meio, a forma de fazer,
Através do qual se pode chegar aos extremos
E quando chegamos aos extremos nós o compreendemos
e descobrimos que somos iguais.
E ai esta a chave que abre as portas do universo
do infinito, da humanidade, e de cada um de nós
que apesar de diferentes, somo tão iguais.

" Eu canto forte essa canção que encerra a comunhão da terra pela soma dos quintais, mas pergundo ao criador que fez a gente por que assim tão diferentes? para sermos iguais"