Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Monday, October 29, 2007

La Belle Époque

Dizem por ai que ela se foi
e não se sabe porquê
Foi-se como um violento tornado
arrastando tudo de belo e sagrado

Deixou história da sua beleza
Beleza, que só pertencia à realeza

Realeza rica mas não real
ao mundo eram tão desigual
Achavam que ter riqueza
era ser príncipe ou princesa

Mal sabiam do belo e sagrado
da bela época
que viveremos em um tempo dourado

Há aqueles que pensam que ela se foi
Foi como um tornado
mal sabem eles
que nada pode de nós levar
aquilo que é sagrado.

Ainda dormem e suspiram
sem saber porquê,
sempre lembrando,
do que nunca foi,
La Belle époque

E ela Passou a aula de física escrevendo sobre antecedentes da primeira guerra mundial

Deoris - Talvez algo mais que isso - Ironia

Monday, October 22, 2007

Empatia entre Homem e Relógio


O relógio faz de conta que conta o tempo
Quando conta contos de seus pontinhos
com encontros e desencontros de seus ponteiros

Que dançam no ritmo de Sansara
Ate que finda a pilha e ele para

Ora noite ora dia se juntam e se separam
Tic tac tic tac conta o seu triste conto
Com encontros cronometrados
Atingido pelo próprio veneno sem antídoto

Aquele que envelhece e mata
Se ficarmos no mesmo nó
Que não desata
Há ate mesmo ele de ficar com dó
De nossa conduta insensata

Pois, ora, culpa-te a ti mesmo pelo teu perdido momento
E ora, pois o relógio sabe o que ele perdeu
Então ora, pois dividem o mesmo tormento
...Ora, pois o que deixas-te ir era teu

Tic tac tic tac foi-se o tempo
Aquele não contado,
foi-se com o vento
do seu mundo inventado

Tuesday, October 16, 2007

Razão Irracional

Espanta-me tamanho palavrório
Ser tão contraditório
Como um jogo de gato e rato

Só tem sentido de imediato

Nada defini-se
Apenas compreende-se o inexplicável,
Mas não pelas palavras,
Pelo simples fato de compreendermos
De sentirmos o seu significar.

Elas são ditas,
Mas nós damos laço às fitas
O sentido deve ser sentido, e nada mais.

E assim podemos entender
Nossa grandeza e nossa pequenez
Sabedoria e ignorância
Buscar com avidez
E compreender a tal tolerância

O dentro e o fora
Nem externo nem interno
O que era antes e agora
Ser metade e ser inteiro

As palavras não dizem
Apenas insinuam
Daí tanto desentendimento
Limitam-nos como cimento

Ora, se mudos e surdos se comunicam
Não são palavras que identificam

Toda palavra é contraditória,
É muito e é pouco
É tesouro e escoria
É o sentido dado a louco

O sentimento sincero e rouco
Sem falar e compreendido.

As palavras ganham vida,
Sentimento e sentido quando saem da nossa boca
Sentido que morre quando alguém ouve,
e renasce a sua nova forma.

É isso, nunca serão nada e serão tudo
na boca de quem fala e nos ouvidos de quem ouve,
mas serão sempre verdadeiras no coração de quem sente
e compreende aquilo que existe além da mente

Wednesday, October 10, 2007

E vida é uma escolha


A Vida tem janelas
em que posso procurar a
escuridão da noite
ou a luz do luar

A vida tem pessoas
em que posso me inspirar
para ouvir o som da morte
ou a melodia do mar

A vida tem caminhos
em que posso me encontrar
a olhar de um mirante
ou perdido num patamar

A vida tem terrenos
em quais se pode caminhar
atento, calmo, e sereno
ou ao alento ficar a rodar

A vida é sem rumo
a vem nos convidar
para dançar ao som da guerra
ou sonhar à vida eterna


* Em algum dia da quinta série