Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Friday, August 25, 2006

“ Me esqueci da luz... da cozinha acesa..."

"...Me esqueci Jesus... de anotar os recados”

Quando se vê aquilo que nunca quis, descobrimos por quanto tempo fomos cegos.
Quando sentimos aquilo que pensamos não existir, vemos o quão ignorantes somos.
Quando ouvimos aquilo que não acreditávamos, da boca de quem não queríamos ver, percebemos que poderíamos há muito tempo ter sentidos mais eficientes.
É, pobre dos que ainda não sabem, felizes o que ainda vão descobrir
Digo, porque ainda tenho muito a descobrir.
Passo agora a não me contentar só com o frio, o calor e o morno...
A não ver só vermelho, amarelo, laranja, azul, roxo, rosa...
não me contentar com a paz na terra

Com o sim e com o não
Com pé e coma a mão
Com o coração e a paixão
Com o amor e ilusão
Com a dor e conclusão
Com a escolha e solidão
Com sentidos e razão
Com a pintura e o borrão
Concordância e dissensão
Sem pensar em coesão
À luz da escuridão

Passo a querer “viver” com intensidade para não ter de “viver” de novo.

“é como uma equação de matemática tira pratica de sermos um pouco mais de nós... que o teu afeto me afetou é fato , agora faça-me um favor”

Friday, August 18, 2006

"Noises and kisses"

Poderia fingir que tudo parou
Mas o mundo continuou
Rodou e rodou como sempre rodou

Tudo andava, tudo rodava, tudo falava
E só agente parava e sem nem uma palavra
Como se a tudo pudéssemos procrastinar
E o mundo nos pudesse esperar

Tanto barulho,tanto bagulho tanto de tudo
E tão pouco num vazio e oco louco
E um infantil admoestar a estragar
Por extinto e razão,
sem vontade nem questionar
A lembrar e a falar do tempo em que se devia estar.

“Look in my eyes, 
I'm jaded now whatever that means by sharing these things.
I rip my heart out.
It's worth my time. Whatever that means...
Hard to see up. My neck feels stiff until I wake
up, the orange I choked and back to my neck.
It's worth my time,
whatever that means....
So share with me, cause I need it right now.
Let me see your insides or ripe me off, cause I'd rather
starve now if you won't open up.”


Monday, August 14, 2006

....... "A mascara da ilusão" ........

Fico a pensar se viver na ignorância
É melhor que tentar consertar
Se não saber o porquê do sofrer
E simplesmente sofrer é docemente cômodo
Ou saber o porquê do tal sofrimento
E sofrê-lo sem dor por saber que você o merece.
O merecer, um “contentamento descontente”
Descobrir que não o é mundo que te merece
Mas você que merece o mundo, e provavelmente
Esta em divida com ele, se não o fosse de certo não estaria aqui...
“O homem se julga e se condena”
depois não agüenta a própria sentença.
Não é a vida que é injusta ela simplesmente se ajusta
Não o mundo que é cruel, ele só faz seu papel
Não é a noite que é escura,
são as luzes que fazem as estrelas sumirem
Não é o sol que queima, é a sombra que não protege
Não é o Frio que mata, é a falta de calor
Não é tudo que da errado, você esta errado
Não é o calor que da sede, é a falta de água
Não é a vida que magoa, é o poder da escolha...
Não existe ninguém esperando nada de você só você mesmo...
não se atrase
“ minha estrela guia que desfaz a escuridão,
minha estrela guia que desfaz a escuridão
Ilumine meu caminho me proteja contra o mal,
Ilumine meu caminho me proteja contra o mal...
Onde existe luz não pode haver escuridão,
Onde existe luz não pode haver escuridão...
Brilha brilha intensamente dentro do meu coração,
Brilha brilha intensamente dentro do meu coração”

Friday, August 11, 2006

EXIT

Sem sono... p/ variar... bom dessa vez nada de SMN. Curada? Não, acho que ñ!

Vou ficando por enquanto
Sem fome nem pranto
Vou ficando por agora
Sem pensar ou ir embora
Vou ficando no escuro
Dessa vez sem medo nem tugúrio
Vou ficando pela noite
Sonhando moinante
Vou ficando no passado
Na palavra e na história
Vou ficando pela vida
Sem rumo e distendida
Vou ficando na loucura
Sanidade sem textura
Vou ficando enamorada
No casulo entrelaçada
Vou ficando enfastiada
Passo a correr em terra minada
Vou virando borboleta
Sem ficar nem dar gorjeta.



tudo que arrancamos da vida nos é pertencido, tudo que tomamos do mundo nos é dado, tudo que sonhamos e pensamos é permitido tudo que nos tornamos e nossa moira nos é merecido, e o que deixamos para o mundo,para a vida, para os sonhos é nos s obrigado.

Wednesday, August 09, 2006

Minha matéria nos teus braços

Sua matéria no meu espaço
Espaço dos meus braços
em seus abraços e entrelaço
seu espaço em meus amassos
Nada de pedaços de espaço entre laços
Não se podem dizer que ele existe quando
a
comissura entre corpos,
espaço e matéria, é perfeita
de tão grande tamanha estreita.
Heresia afirmar que existe espaço
em tão perfeito abraço
tentar escapar sendo escopo
com medo dos marca-passos
subirem-lhe às fauces
e saírem pela boca
de tão apertado sem espaços para passos
pobre marcador, chega a ser inutilizado
quando peito e seio dividem um só coração
e o espaço faz o processo inverso da mitose
O cientifico chega ser diletante
E empírico passa a ser
validamente avaliado
Quando estamos a falar de corpos, matéria e espaço
.

Saturday, August 05, 2006

O espertar do sonho

E mais uma madrugada estou eu com minhas idéias inópias, para tentar agradar ninguém se não a mim mesma.
Como o despertar de um sonho pode ser tão azáfamo? Você senti-se aturdido e atingido pelos simples fato de ter sonhado tamanho mal estar. E você tenta alijar-se disso de todas as formas possíveis, mas o dia pesa, o ar fica tenso e tudo parece contragosto.
... seria somente eu culpada por esse sonho? É tão difícil admitir que eu possa ter criado tamanha auto-sabotagem... Em um simples dormitar e parece que seu dia todo já foi redigido para você em quanto distraia-se em seus devaneios... É de veras triste acreditar que eu posso cometer tamanho atentado contra a minha probidade.

Às vezes fico a pensar, hei eu de mergulhar, ir ate o fundo e encontrar um culpado para fustigar? Se procurar, iria eu me encontrar? Se me encontrar, iria me auto molestar? Iria deixar-me novamente auto-sabotar?
Então esta ai a chave para questão, se não me encontro, não me acho, não me atino, é porque sei do meu destino isso, é auto-preservação. Quem é que da a mão para a vara do marmelo? Quem leva o próprio pescoço ao cadafalso? Quem daria a outra face para o tapa depois de já ter levado um? Quem espera por um soco com o rosto erguido e desprotegido?Quem corre com cabeça de encontro muro sem motivo aparente? Quem se amarraria às fogueiras da inquisição? Eu não, não eu...

Wednesday, August 02, 2006

Semeando a dissolução

Minha resolução de morrer ainda é produto de um humor instável, ainda um brotinho verde e inseguro, que nem sazonou e muito menos atingiu a plenitude, forte o suficiente para agüentar muitos sopros do destino, e tempestades temperamentais.
O meu ser mais intenso coberto não por uma tênue, mas um espesso cimento de civilização, sei que é o ser, e não o simples desejo de sê-lo.
Essa mesquinharia que se esconde da sociedade como se fosse muito mais que ela, como se nunca fossem capaz de entendê-la bem tipo * O mundo não é o bastante* e mesmo assim se limita ao tal cimento.
É mas eu a entendo, todos os pensadores, não digo só os grandes, mas todos, antes de terem sua obra reconhecida foram citados loucos acusados como hereges e ateus ou foram ridicularizados, esse ser intimo é egoísta, não se importa de esconder segredos insanos, e não tem o menor desejo de tornar-se pródiga, não esta disposta a aturar ascos, e esgares, mesmo sabendo que é sempre assim: “ hoje se prepara o patíbulo e amanhã o monumento” monumentos não a interessam, nem o mero reconhecimento ela quer ser entendida e não tentará fazê-lo porque sabe que a probabilidade é nula, não se arriscará, não se jogará ao mundo...
Não por em quanto. É o mais intimo desejo dela e ele não faz parte do seu destino, ela também não vai se esforçar para que faça, é um desejo frígido, esta bem cansada das brigas entre desejos e destino, e encontra-se ofegante com a cabeça no travesseiro, maçãs avermelhadas e cabelo bagunçado grudando no rosto, só esperando a hora certa de se levantar, isso é se ela quiser se levantar.


Compartilhe de minhas loucuras
Compre algumas ações
E ganhe de brinde uma passagem para meu mundo
Prepare os cintos de segurança e saquinhos de vômitos
Segure-se firme em caso de turbulência, isso é corriqueiro
Não me tente imitar porque só eu posso manter-me em pé nas minhas idéias
Quando a curiosidade cessar eu mostro a entrada
E quando ela retornar te darei a passagem para a saida