Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Tuesday, June 19, 2007

Esta Flor

Dia fui o que serei
Noite é, o que será
Do botão fez-se a flor
Da flor o pó fará

Passar os dias a esquecer
As noites a recordar
Nos sonhos amanhecer
Na ilusão o despertar

Do pó far-te-á flor,
E da flor o botão
Tu que eras cor
Parte do céu
em sol de por


Vai–se o tempo
Em carro de folia
Vai-se o dia pela noite
E a noite pelo dia

Foram-se as estrelas levadas pela manhã
Foi-se o sol levado pela tarde
Foi-se para floresta
O fogo que tanto arde


Vai–se o vento
vai-se o som
e ficamos só nós
no fogo da floresta,
em busca da única flor que resta.

Sunday, June 03, 2007

Hoje

Todos nós temos esperança.
Algumas vezes ela falha, some, apaga, parece que tudo que você tem sonhado é uma grande besteira, ela fica como aquelas luzes brancas de cozinha que vivem acendendo e apagando.
Agente sente medo, deixa de fazer tantas coisas, dizendo-se por falta de vontade, ou tentando nos convencer de que é besteira... Mas por quê? Se queremos tanto? O medo nos priva das coisas boas da vida, coisas que nos fariam tão melhores em tantos aspectos... Mas medo de que? Tem gente que prefere não se perguntar, não saber e deixar como um simples desleixo... Mas é mais que isso não é?
É algo que a maioria das pessoas finge não sentir, ou não entendem, ou simplesmente diminuem a tal ponto que chegam fazer parecer que não existe.
Pois se posso te fazer acreditar, existe... Pergunte-se da próxima vez quando deixar de fazer algo que quer muito por “nada”, então vai entender o que estou dizendo.
Voltando a luz, mantenha-se firme na vontade em quanto ela pisca, depois de um certo tempo ela acende por completo, ate chega a doer os olhos de tão forte, só se apagará novamente se quisermos apertar o botão.
Durma medo, amigo meu
Faz-me acordar e enxergar o que é
e sou por direito,
tua metade,
teu pedaço, sou inteiro
Durma de luz acesa,
Para que eu possa continuar no caminho
Guie-me no escuro se não podes dormir assim
Se crio-te eu mesma para que seja o Meio não o fim
Não seja barreira ou farei com que se afaste de mim
Sei que és amigo, que me ensina a vencer,
a crescer ,a viver.
E eu, ahh! que desalmada vou ser
Far-me-á corajosa, e eu te farei morrer.