Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Wednesday, September 19, 2007

Tocar ao som da Lua

Como seria tocar na Lua
Assistir de camarote ao espetáculo do universo
Deitar na terra e grama nua
Poder respirar nas profundezas do mar, submerso

Como seria tocar o céu
Virar o pólen nas patinhas da abelha
ser as cores da pintura no papel
a gota de chuva a escorrer da telha

Como seria ser uma bolha de sabão
A pétala da flor
do cego a intuição
da mãe o amor

Num sopro de vulcão voar na solidão
Num dia ensolarado ser da manhã o namorado
Numa floresta nublada ser borboleta encasulada
Numa noite estrelada ser do vento a namorada

Como seria ser mim sem eu
Ser você sem ser teu
Ser terra molhada
e boca aguada

Como seria ser o que sou?
Ser semente
Sem a razão ou dispersão
Dominar os mistérios da mente
Só amor e doação

Sem tristeza ou solidão
Saber-se parte do todo
Ser a luz da oração
Tira do corpo todo o lodo

Como seria tocar seu ser
Seguir na intuição
Alem do que posso ver
Ir pelo caminho do coração
E simplesmente crer

Como seria..... como seria?

Friday, September 14, 2007

Me nino... Me nina?


Nana, nina , MEnina
Canta o canto me encanta
Meia lua alumeia me ilumina
Sopra o sopro me assopra
Vento leva me eleva
Leva no vento dos sonhos
Leva do alento, atenta
a flor no beijo do vento
na ponta do bico do beija-flor
Nos moinhos gigantes
devaneios amantes
consigo ser eu
consigo sou ser
Cochicha o segredo, me conta
E encontra o segredo de mim
Sumido nas águas do Nilo
Enterrado em meu jardim
Ora menino MEnina, vento dos sonhos me eleva pra mim.

Tuesday, September 11, 2007

Como a Dama ama


Queria te amar como você me ama
Com essa beleza e decência
Como se da corte fosse eu a verdadeira Dama
Dona da verdade, perfume, e essência

Como ama a flor por ser flor
E o dia por amanhecer
Com o único e verdadeiro amor
Doendo ou não, não se pode esquecer

Queria eu ser Flor E Dama
Queria eu amar a noite por anoitecer
E o brilho das estrelas como você ama
Quero amar o sol por me aquecer

A Terra Por me ninar
Quero ser a essência
Queria como você, saber amar

Queria, ate descobrir que não amo,
Não como me ama,
Só o posso fazer como faço
Não como você ama a dama
Mas como ela te ama.

Não como me ama
Mas sim como te amo
Não como a flor ou dama

Mas como ao sol ama a lua
Como as folhas amam ao vento
sem ser minha nem tua
Como deve ser no firmamento

Como cada um ama
De sua forma de amar
de Sua fé ,Única,particular
Com uma diferença indiferente

A maneira tua e minha e de todos nos,
do universo de saber amar.

“Na alegria ou na dor nossa força é o amor”.

Tuesday, September 04, 2007

A Gravidade do tempo

Minha mãe me disse
Que posso dormir sossegada
Não tem monstro de baixo da beliche
E a luz pode ficar apagada

Minha mãe me disse
Que as nuvens são de algodão
E se algum dinheiro pedisse
Que um real vale um montão

Minha mãe pergunta
De quem são as estrelas?
São minhas claro,
Quem mais pode pensar em tê-las ?

Minha mãe me disse
Que a terra é redonda
E que agente não cai
Por causa de uma tal de lei da gravidade
Coisas que a gente aprende com tal da idade

É assim eu explico:
A idade torna as coisas graves
Daí vem a tal da gravidade da idade...

Quando eu crescer
Não quero ter essa tal de ida
de
coisa que não volta

minha mãe diz que é a lei da vida
Mas essa coisa de leis é bem confusa
Tanto que parece o cabelo da medusa
São tantas cobras e tantas leis que
nem sabemos qual a gente usa

Talvez se não tivesse essa coisa da gravidade
Não precisássemos de tantas leis
E então não existiria a tal da ida
de longe ao centro da terra

Mas se é lei que seja grave
Então que não me venha essa tal da idade.

“Num coração de mel de melão, de sim e de não, é feito um bichinho no sol de manhã, novelo de lã, no ventre da mãe , bate o coração”