Ela olhava tímida por
entre
as outras flores e
folhas das arvores,
via lá embaixo o rio
que corria
com forte delicadeza.
Respirou profundo,
corajosamente
desprendeu-se dos galhos,
com uma dança graciosa
deslizou pelo vento até
tocar a agua.
Como se fosse sugada por um turbilhão,
foi arrastada por entre
galhos, plantas e pedras,
agarrou-se na esperança
de salvar-se,
deixou um caminho cheio
de marcas.
Afogou-se em seus
amores,
raivas e sentimentos despretensiosos.
raivas e sentimentos despretensiosos.
Afogou-se no rio
das confusões de si,
arranhões, machucados
e cicatrizes …
pedra, galho,
correnteza, margem, mato, planta
bicho, chão... pedra,
pedra, pedra correnteza.
Então, um carinho...
Entregou-se aos braços
do rio,
E ele a abraçou em
segurança
para levá-la ao mar
" A correnteza do rio vai levando aquela flor..."