Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Friday, August 17, 2007

O caderno careca e a arvore sem folhas


Folhas a rodopiar no chão
Subindo em torvelinhos pelo ar
Chego a não saber quantas são

Tantas que me fazem suspirar
Voando e voando elas vão
Fico eu a imaginar

Ate onde estas irão
Fica então subliminar
Se é que me entenderão,
O tal significar

Tanto me instiga
Que ate chego a sonhar
Parece-me que sem briga
Estão a admoestar

E eu sem saber
Sua linguagem secular
Fico a fingir entender
Porque eu não as quero pisar

Nem o que elas tentam dizer
Perdida em seu movimento circular
Um dia Hei de aprender
O segredo que elas tentam me explicar

Quando já não quiser saber
Por um simples desejar
Ai sim irei compreender
A beleza de saber olhar.



Seu encanto com as folhas era tanto,
que não podia deixa-las de canto,
tanto foi seu espanto que sonhou e acordou
e então já era tarde,
não sabia mais o que era sonho, ilusão ou realidade

Wednesday, August 15, 2007

Eim?

Por que a gente cresce?
Por que as estrelas Caem?
Por onde escada desce?
Por onde as portas saem?

Por que a gente ama?
Por que o mundo gira?
Gente grande cai da cama?
Quem é o curupira?

Por que a lagrimas são salgadas?
Por que não vejo os olhos que chorou o mar?
Por que pessoas ficam gripadas?
Por que não vejo o ar que vou respirar?

De onde vem a semente?
Quem são as más amadas?
Por que a pessoa mente?
Gente grande não vê as fadas?

Porque as flores murcham?
Porque o tempo corre?
Porque chicletes puxam?
Porque a gente morre?

Porque o sol é quente?
Porque a chuva molha?
Quem é que manda, mente?
Se não enxerga, porque não olha?

Por que são sete cores?
Por que são sete dias?
Por que eles tem dores?
E eu as alegrias?

Porque os olhos choram?
Porque a boca ri?
Porque crianças oram?
E quando as bocas choram,
olhos sorriem?

Porque o amor é doce?
Porque jiló é amargo?
Quem foi que aqui me trouxe?
Nesse mundo tão divago

Porque não sei a hora?
Porque a noite é escura?
Tão grande o mundo a fora...
Ou eu é quem sou burra?

Friday, August 10, 2007

Felicidade.

Ardia meus olhos
De ver tamanha covardia
Se esconder do medo
Irracionalmente intolerante
Olhe para dentro
Veja o teu semblante

Não suje parte do que sou
Honrando aquilo que és
Hora seja firme, forte
Chegue então do mestre aos pés

Abra os olhos, enxergue
Aceite o que lhe foi permitido ver
Então se entregue
Seja o mais puro Ser

Sinta, e saiba a verdade
Queira sentir, busque,
com sinceridade
Só assim encontrará o que todos procuram
A feliz cidade.