serei se não como a brisa
Passageira acaricia as folhas,
que gemem em delicioso prazer
Serei se não de mim mesma
a verdade
Livre como as gotas de orvalho
que na noite beijam a relva
e se esvaem ao primeiro raio de sol
Sou em deleite um olhar
que por pirraça
foge ao confronto
Um sorriso que
responde ser apenas sorriso
Como a borboleta que voa por voar
e por vontade própria te admira em
graça
Por natureza é livre e bela,
não porque o quis ser
O ser que não se pode,
querer ser,
querer ter,
possuir
Se não como um colecionador de
borboletas,
mortas em paredes de fundos sem cor.