Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Friday, April 25, 2008

O infinito entre o bico e a flor... o beijo


Entre o bico e a flor
existe um infinito
um minuto de verso
oscilante entre a verdade e o mito.


Existe o quente e o frio
dentro do perfeito movimento
os sonhos e o arrepio
que vão e vem com o vento

As mais doces melodias
e os mais diversos sabores
entre diversas sinfonias
e todos os perfumes de flores.

Milésimos de segundos
correndo pela eternidade
sem tempo, só sentidos
suspiros perdidos na profundidade

Queima como chama da vela
balança, faísca e amansa,
através dos olhos se revela
o que tenta esconder a dança

Impossível descreve-lo em verso.
Só quando conseguir comprimi-lo

em um UNIverso

O segredo do segundo
entre o bico e a flor
esta nos lábios dos amantes
e na paisagem do amor

Não sei se são muitos
ou se são poucos
não sei se sãos
ou loucos

A quem são concedidos as eternidades dos segundos entre o bico e a flor de um pássaro chamado beija-flor.