Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Tuesday, August 13, 2013

Arcano XVI

Era um vez um menino,
em uma torre ele vivia e tudo sabia.
Lia sobre física, matemática, química e todas as icas...
Estudava, biologia, história, filosofia... e todas as ias
Pesquisava sobre religião, literatura e os sentimentos.
Ah! Os sentimento, estes eram o que mais lhe fascinavam
em toda sua fisiologia.
Se orgulhava de seu conhecimento e sua inteligência.
E olhava tudo do alto de sua torre julgando,
a negligência, a inexperiência e inabilidade.
Se estivesse lá embaixo a tudo saberia como melhorar.
Um dia resolveu descer da torre.
Olhou as pessoas de um outro ângulo,
olhou pela linha do sol, o horizonte
Não estava acostumado a andar sob essa perspectiva, tropeçou e caiu.
Uma garota o segurou pelo braço e lhe sorriu.
Ele sentiu sua pele macia e seu perfume de flor,
ouviu seu riso, desentendeu a tão estudada fisiologia do próprio corpo
desentendeu tudo o que havia aprendido, pois não compreendeu,
desesperou-se pois percebeu que nada sabia,
o menino havia lido tudo sobre o amor, mas não sabia amar.