Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Monday, October 22, 2007

Empatia entre Homem e Relógio


O relógio faz de conta que conta o tempo
Quando conta contos de seus pontinhos
com encontros e desencontros de seus ponteiros

Que dançam no ritmo de Sansara
Ate que finda a pilha e ele para

Ora noite ora dia se juntam e se separam
Tic tac tic tac conta o seu triste conto
Com encontros cronometrados
Atingido pelo próprio veneno sem antídoto

Aquele que envelhece e mata
Se ficarmos no mesmo nó
Que não desata
Há ate mesmo ele de ficar com dó
De nossa conduta insensata

Pois, ora, culpa-te a ti mesmo pelo teu perdido momento
E ora, pois o relógio sabe o que ele perdeu
Então ora, pois dividem o mesmo tormento
...Ora, pois o que deixas-te ir era teu

Tic tac tic tac foi-se o tempo
Aquele não contado,
foi-se com o vento
do seu mundo inventado

2 comments:

Eu e a mar said...

Às vezes penso
Que sei do tempo
Por vê-lo rápido, denso, e
Ter sentido amargo e lento

Quanto aprendizado
Quanto ensinamento
Que fique no passado
O relógio,e seu tormento

Amem

Mikhael said...

tic tac tic tac, foi-se o tempo do tempo, e o tempo atual é do momento, presente, embrulhado em mil papéis coloridos... com a sua licença, vou te usar de inspiração. (juro que cito a fonte)