Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Tuesday, June 19, 2007

Esta Flor

Dia fui o que serei
Noite é, o que será
Do botão fez-se a flor
Da flor o pó fará

Passar os dias a esquecer
As noites a recordar
Nos sonhos amanhecer
Na ilusão o despertar

Do pó far-te-á flor,
E da flor o botão
Tu que eras cor
Parte do céu
em sol de por


Vai–se o tempo
Em carro de folia
Vai-se o dia pela noite
E a noite pelo dia

Foram-se as estrelas levadas pela manhã
Foi-se o sol levado pela tarde
Foi-se para floresta
O fogo que tanto arde


Vai–se o vento
vai-se o som
e ficamos só nós
no fogo da floresta,
em busca da única flor que resta.

No comments: