Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Sunday, June 25, 2006

Sentido?

Mas o que é isso?
Por que algo tem de tê-lo
Se nada vai sê-lo?
Por que tanto quere-lo
Se ñ entende-lo?

Segui-lo por onde não se vai
pode levar onde se espera
mas pode-se esperar lugar algum
Senti-lo onde ñ existe,
o mais puro desperdício
Procura-lo onde ñ se deve
A pior das frustrações
Inventá-lo pela sanidade
A maior das previsibilidades...
Sentido o cheirinho da beleza,
encontra-se na desconexão!

Sentido?

Tuesday, June 20, 2006

Entre borboletas e/ou laranjas


Laranja é borboleta e borboleta é laranja
Laranjas estão a bater asas no meu estomago
Estão a borboletear no céu laranja as borboletas
Se borboleteiam as laranjas em céu de borboleta
Hão de borboletear as borboletas no meu estomago?
se a laranja se descasca a borboleta sai da casca
se borboletas ñ tem casca faz-se suco de belbellitas
se belbellitas são belas e bonitas, então quero ser uma laranja
se borboletas plantam, e laranjas planam
suas asas e folhas num tamanho farfalhas fazem panapaná.
Ai de mim com esse panapaná, da qui pra lá
de lá para cá no meu estomago a flutuar
mas com tamanho borboletar não é de se espantar tanto a se questionar
laranjas são borboletas, borboletas são laranjas,
ou são simplesmente borboletas e laranjas?
Acho que andei tomando muito suco de borboletas...

Monday, June 19, 2006

A eternidade no triangulo das árvores

- O homem com o par de meias diferentes fazendo cruzadinha no banquinho
- O casal de bixas futricando como duas garotinhas apoiadas nos cotovelos
-Mamãe papai e seus sete patinhos no laguinho (7 o numero da perfeição)
- Garotinha fugindo do pai em um triciculo (amarrado no braço dele)
- A garota que se dizia não supersticiosa, parou na porta da eternidade iluminada pelo sol e deu a volta, a final que pode cortar-la?
- o vento levando e levando o cabelo
-o sol agradavelmente quente e acolhedor, aquele de fim de tarde fria.
- Parar p/ beber água, e bicicleta ñ fica em pé depois de 5 tentativas ... jogar ela no chão
- A mãe jovem, seu bebe lindo e a musica parar no exato momento em que ela o beija
- A bola flutuando no lago
-deitar na grama abrir o braços e olhar os raios de sol furando as nuvens
- menino fazendo yoga no ritimo da minha musica
- o cachorro que corre corre atrás da bola
- arvore que fica sozinha no nada, com suas florezinhas vermelhas
- o chão coberto de “algodoes” caídos das Paineiras
- casal de cines negros, nadando, e nadando juntinhos
- cheirinho da terra
- levantar cheia de folhas no cabelo, e o sol já se vai indo, e vem chamando
- Ficar 1:30 com a bicicleta e pagar só 1h
- * moço me vê um caldo de cana pequeno?* , com canudinhos laranja, como a borboleta e a camiseta... o celular?
- Canela roxa
- pilha do mp3 acabar
-passar no sebo e encontrar um livro que gosta...
Pode sentir?
Bárbara:
* Julia ñ vai agradecer a Deoris pelo dia?*
Julia:
*obrigada Deoris, pela canela roxa ¬¬*

A escoria contentada


* ela acordou como se tivesse sido tocada por uma pluma na pontinha do nariz*

abriu os olhos e fitou o teto, a estante,o apanhador de sonhos, o mensageiro dos ventos suas estrelas e luas refletindo a luz do dia encoberta pela cortina semi aberta, pode-se dizer que esqueceu-se de que era simplesmente Deoris...

Olhou as fotos, fitou seus desenhos e procurou por algo familiar, fixou o olhar no nada da parede lilás...

Sentiu a beleza do dia, viu a musica que vinha da sala, ouviu o cheiro do alho fritando,olhou para a ponta dos pés descobertos,escutou seu cobertor fofinho apoiado em sua pele,

Sentiu a porta se entreabrindo, percebeu alguém chegando, ouviu os pés bem na sua frente levantou os olhos como se quisesse escutar melhor, numa confusão de sentidos sentimentos...

-Bom dia Flor do Dia

Bárbara abre os olhos e sorri um sorriso afável, estica ao braços e pernas sem sentir que seus ossos podem quebrar, e afoga seu rosto no travesseiro.

Sente-se caindo, e caindo, caindo em seu corpo.Sbruft! E ai vem mais um dia que poderia fazer-se diferente, mas vai ser igual...só por em quanto, disse Deoris, por em quanto...

Wednesday, June 14, 2006

“As falas do silêncio”

É estranho a maneira pela qual aprendemos as coisas, não sei se a de todos mas pelo menos as minhas.

Hoje de manhã quando sai para admirar a beleza dos prédios e torres, pessoas e carros barulhos e ensurdecedores, deparei-me com uma das criaturas mais perfeitas da face da terra, um das mais curiosas também, talvez a de maior encanto e beleza, que nos hipnotiza com seu vôo e ficamos horas ah viajar em suas asas coloridas.

Ela voava e voava e voava...e como podem aquelas asinhas feitas de nada possível e acreditável ñ se cansarem, como pode um ser tão pequeno voar no meio de tanta confusão e ñ se perder, e ñ ter medo, ela chegou tão perto que penso que se ñ tivesse fechado os olhos com tanta brusquidão teria pousado no meu nariz...

Talvez o motivo de tanta beleza, esteja na morte certa... elas vivem como lagartas sofridas e rastejantes, ñ procuram esconderijos mas escondem-se do mundo e passam dias a refletir, sobre aquilo que tanto quero descobrir, então atingem a perfeição, tanta perfeição que ela ñ se deixa estragar pelo tempo.

Em suas asas onde o ar passa depressa, onde o vento à arremessa, onde a gente perde a pressa, sobre a qual se desconversa,sob onde perdemos as palavras e vagamos no silencio continuo e falado, falado e levado, no vento que pensamos para sempre perdido, viajando em suas asas, provocando e vagando,criando e devastando, acabando e causando caos,vento maroto das asas, aquele safado que se vai e deixa só seu rastro de perfume no ar

Ah... era uma panapaná,uma belbellita...

E quando nascerem suas asas ela deixará esse mundo de sanidade e sobriedade e não saberá que se deixou estragar pelo tempo.

Sunday, June 11, 2006

A viagem de trem com destino passado



Fui para casa de campo hoje, comer comidas gostosas e visitar a vovó

...

Fomos de trem eu e minha mãe.

Fui andando pela plataforma, e me sentindo pequena e pequena, e as cores foram se perdendo e tudo foi ficando como um filme velho.

E no roteiro o trem passava e o vento vinha levando os caracóis rebeldes da pequena garota com o olhar soberbo, de quem sabia que nada era suficiente (a mocinha) . O vão do trem(o vilão) parecia tão grande, ela tomou distancia e pulou lá dentro! como adorava andar de trem,e comer moedinhas de chocolate... segurava firme na mão de seu pai( o mocinho), e aquilo fazia-a acreditar que nada nunca poderia toca-la, que aquela grande mão na sua pequena a protegia do mundo...

Precisava de tão pouco para sentir-se segura (a moral)

Saturday, June 10, 2006

A lembrança esquecida há muito tempo encontrada

Bom Dia sol, como amanheceu hoje?

Você pensa menina, que acordei agora?

Já passei pelas montanhas, já sequei a roupa da lavadeira e as gotas de orvalho, já escondi as estrelas, e agora, só agora estou a amanhecer teu dia?...

Bom dia menina !!!

Qual é o problema de às vezes esquecer quem é, quando na verdade nem mesmo sabemos o que ser,e se soubesse.... quando em uma manhã de sábado esta a caminhar sozinha e pára para admirar o nascer do sol,e então tudo parece nada, quando você ainda nem sonhou e as nuvens se desfazem como imagens de uma mente cansada e sonolenta e quebram como ondas sobre sua cabeça, e tudo começa a ficar rosado, as luzes ainda nem se apagaram, mas ai o céu vem ficando azul e você vai voltando para realidade,venho lembrando que tenho que voltar para casa, que estou sentada no frio, sozinha, no vão livre do masp,e quando me levanto para sair e olho lá no fundo, no fundo do fim do mundo e ainda tem aquela pontinha de rosa, seria tão bom se ela passasse o dia todo lá, só para poder esquecer-se, as vezes...

Apaixone-se então pela lua, porque essa manhã quem me fez esquecer-te foi o sol e se a terra não fosse tão ciumenta em sua rotatividade, ficaria a observa-lo a vida toda, toda e esquecida... quem, eu ou a vida?

Friday, June 09, 2006

" Siga o coelho branco"

Fernando diz:

ai eh que esta

Fernando diz:

ou voce se ilude

Fernando diz:

ou se perde na toca do coelho

Bárbara diz:

na verdade

Fernando diz:

discover how deep is the rabbit hole

Bárbara diz:

ou vc ignora o coelho

Bárbara diz:

ou vc se perde

Bárbara diz:

ou toma chá com ele

¹Medo [ do lat. Medu] Adj. 1. Da, pertencente ou relativo à Média antigo reino O.N. do atual Irã (Ásia); Médico 2. O natural ou habitante da antiga Média 3. Gloss. Língua indo-européia, extinta, falada pelos medos.

Medo [ do lat. Metu] 1.S.M. sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça, susto, terror, temor, pavor 2. V. receio 3. A medo, timidamente, hesitantemente.

Sendo um medo uma língua desconhecida fica tudo muito claro o porque de sentirmos, se soubéssemos falar em Medo, talvez ele ñ existisse, pois ele esta em tudo que ñ sabemos explicar, que não queremos ou não podemos entender, ou que simplesmente não conhecemos, e que fazemos questão de fechar os olhos quando esta bem na nossa frente, tudo o que temos? Noção, e o que é noção perto da complexidade do todo?

E se um Médico tentasse falar nossa língua assim que abrisse a boca, correríamos mesmo que com as pernas quebradas antes de ele falar o primeiro A de seu dialeto, o medo!

A grande incógnita é que se o medo foi extinto, então como chamamos aquele frio na barriga que te descontrola, te faz correr, ficar inquieto, hesitante, gritar, se esconder, ou mesmo ficar quietinho e paralisado naquela posição desconfortável? Como podemos sentir o que ñ conhecemos, esse é o medo, só como ñ se pode descreve-lo pegaram uma coisa extinta e colocaram seu nome...creio que isso ñ queira dizer nada, ou talvez queira

Bom talvez devesse me especializar em línguas, lingua dos Medos!

Um exemplo vivo do Medo é a Morte, vire uma carta de tarô, o arcano XIII, e vc verá um face branca e assustada, não no arcano, esperando uma explicação, para aquilo que ñ tem, não existe, presencia o medo na pessoa, medo daquilo que ela não sabe o que é, medo do desconhecido e inexplicável, A MORTE, ela representa mudanças, a carta, pessoas temem mudanças... e a morte?

E de verdade quem seguiria o tal do coelho branco?

Tuesday, June 06, 2006

A relatividade absoluta da proximidade dos pólos do mundo

 Um dia li no profile de uma menina de olhos azuis que relatividade é tudo!
Aderi isso para lista de compras do meu mundinho fechado, e a partir daí desenvolvi a minha relatividade: ninguém é muita gente e todo mundo ñ é ninguém, Nunca, é muito tempo e Sempre é pouco de mais. O nascer do sol de lá pra cá é por, o inverno inverso daqui pra lá é verão... e a primavera?seria outono? ñ importa as folhas caem mas os dois são quase a mesma coisa com uma diferença de céu, frutos e flores! Amanhã, do outro lado, já é passado, e ontem de lá pra cá é agora, já ontem daqui pra lá é antes de ontem, creio que o conceito da palavra ontem no dicionário esta, não errado, digamos,incompleto sendo amanhã de lá pra cá depois de amanhã e entramos então em conflito com os verbos e suas devidas conjugações,e o mundo todo passa a ser errado com essas explicações e conceitos que algum idiota inventou e milhares de outros acreditaram... e quem disse que as coisas caem e ñ flutuam??e quem garante que se estamos distraídos andamos nas nuvens e ñ no asfalto? Se na verdade andamos o tempo todo nas nuvens quando estamos concentrados por demais ...
E se virássemos tudo do avesso, pólo e pólo juntinhos, a coisa ia ficar tão quente que o gelo derreteria, mas isso depende, e se virássemos pelo outro avesso? Digo pegando pelos lados ñ pelos pólos ai o longe vira perto e o perto vira longe...
E esse é meu mundinho... perto é perto e longe é longe... claro, depende do meu conceito.

Sunday, June 04, 2006

Nos corredores do desespero escolhendo limões


-vá pegar limões...
Sacola na mão, ** será que se escolhe limão como se escolhe laranjas?** algo dizia que ñ, mas Deoris continuava escolhendo-os como se fossem laranjas
Foi um, dois, três tantos limões que a sacola ñ mais agüentava e reclamava...
... Volta com limões, e fica olhando mamãe escolhendo as comidas, a insatisfação intermitente, inquietação descontente,uma certa intransigência intolerante com uma tristeza pela incerteza iminente e o olhar de quem ñ vê nada faziam com arranjasse subterfúgios para tira-la dali...
- Vou pegar papel higiênico (ela falava já enquanto andava como se ñ esperasse uma resposta)
Deoris caminha entre os sabonetes mas, ñ sente o cheiro de nada, procura pelo papel mais fofinho abraça-o como se fosse seu ursinho contra o peito e suspira... ela ñ esta ligando para o que as pessoas vão pensar em quanto anda abraçada com aquilo que nem mesmo ela lembra o que é...
Ahh... Deoris! Ela ñ sabe fazer limonadas, Pobre Deoris fazendo comparações com o gosto do limão e as opções da vida.
**Mas que diferença faz como se escolhe limão, todos vão ser azedos mesmo...**