Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Tuesday, April 01, 2014

Quando florem os flamboyants

A arte transborda em cores intensas.
A tela, os tubos de tinta os pinceis,
não são mais suficientes para comportar
a imensidão que se faz da obra.

O vermelho escorre com delicadas pinceladas
amarelas, brancas, laranjas,
mistura-se no chão , deita na relva,
nas mãos, nas paredes do corpo,
misturam-se os cabelos, a pele, às flores.

O artista torna-se obra
e a intensidade da vida
matéria prima.

Sob a proteção da frondosa copa,
em prazer profundo,
dorme na sombra aconchegante a razão.
Flamejam, incendeiam, sentimentos

O calor invade a primavera
quando explodem os flamboyants.

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