Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Tuesday, April 29, 2014

Quando morrem as palavras


Poderiam os poetas viver somente do sabor

e das entranhas nas entrelinhas das palavras?


Saciar-se enquanto elas escorrem pelo papel

na mais verdadeira certeza de realidade.


Veem de seu intimo com tanta intensidade

que engasga, vomita, chora,

as ama , as amarra, e as liberta em um tênue fio

que contorna o sentido dos versos


Faz-se escuridão e vazio,

como se tivesse parido toda vida de dentro de si,

torna-se mortal


Se lhe falta a palavra

A fragilidade lhe assola a alma

O corpo torna-se oco

A mente sã

morre a poesia e o poeta insaciado

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