Há quem diga que são
o que sobra, sujeira,
restos na mesa, no
chão, nos pratos.
A pele que fica nas
unhas,
o salivar pela
refeição,
e o gostinho que ela
deixaria na boca.
A réstia no canto de
um olhar desejoso
Um toque com o que
sobrou do dia
Com o que sobrou de
tantos outros toques
Versos que ficaram fora
de uma poesia
Segundos cheios no
vazio das horas
Histórias construídas
com restos de poemas
aqueles esquecidos nos
rascunhos,
feitos com sobras de
lembranças,
cheiros que restam nas
roupas,
memorias que ainda
ecoam pelo corpo
e suor desprezado pelo
encontro dos poros.
Suspiros perdidos no
vento
afetos que se esvaem em
suave brisa,
tempestades, tormentas,
furacões.
Seriam tão saborosas
que somente bastam ?
Os pombos vivem de
migalhas,
mas são apenas pombos.
2 comments:
Amei!!!
Linda! você e suas poesias!
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