Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Thursday, March 06, 2014

O despertar da Rainha


Em um desses voos noturnos,
num dia de cheia no céu
vi quando a lua tornou prata o sangue que corre nas veias da terra.

Brilhava a cada curva revelando o curso.
Corria vivo, margeado pelo destino
para levar a mensagem da vida.

Tocaram os tambores
e as estrelas responderam no céu,
como um eco das flores e ervas na mata

Perfumes exalavam pelos poros das plantas,
uma inspiração profunda preencheu o pulmão do tocador,
tocou em transe às notas trazidas pelo cheiro do vento.

Da cama de folhas na terra,
de seu sonho,
tocada pelas aguas prateadas,
e ungida pelo sangue da terra,
despertou nua e em toda sua natureza de mulher,
a Rainha.

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