Era uma dança que
havia que se dançar a dois.
Dançavam como uma
dança mística, profana,
uma dança
deliciosamente torta e errada,
uma dança cheia de
prazeres a cada passo do par.
Um jogo de
incerteza que levava a lugar algum.
Nem se sabia se queria
realmente chegar a algum lugar.
Era como o mar,
em suas marés que
chegam arrebatadoras
cheias, cheias de tudo que
não pode-se dizer
belas sensações,
que preenchem um êxtase momentâneo
logo levadas pela
vazante
como se nunca tivessem existido...
Fica o Vazio.
Por um momento os dançarinos duvidam da realidade,
perdem-se no balaço do sono e dos sonhos
resta nas mãos a memoria do toque ,
e por todo corpo o frenesi do ressoar das ondas.
Ah sim, estiveram realmente dançando!
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