Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Thursday, February 07, 2008

Anjos


Foi um anjo quem me disse
Com toda sua ternura
Para que meu olho eu abrisse
E enxergasse sem amargura

Para que não me tornasse
Como mundo em volta
Sem distinção amasse
Mesmo pessoas vivendo em revolta

Ele me disse que se ouvisse com coração
A qualquer pergunta que fizesse
Teria respostas com precisão

Me disse que se pudesse sentir o que o vento dizia
Saberia muito dos segredos do mundo
E se pudesse observar o fogo saberia a história da vida
Se pudesse escutar as águas compreenderia o infinito
E se na mãe terra ninasse saberia onde a tudo encontrar

Dizia que os segredos são como contos
E que dentro de mim eu os encontro
Que o universo é tão grande por fora quanto por dentro
Porque na verdade são o mesmo quando entro

Ele me conta sobre a eternidade
Coisas que só compreenderei
Vivendo na verdade

Conta quanto falta para
Eu andar em solo de realidade
E me espera
Para me levar ate sua cidade

Ele me conta sobre suas conversas com as estrelas
E diz que suas vozes são tão doce, que eu realmente preciso conhece-las

Suas histórias me enchem de saudade
Tão perto e tão longe
Como dois amantes, sendo um o monge

Ele me protege e me aguarda
Me chama pelo meu nome,
Mas só posso chama-lo de anjo da guarda


“a lua nos chama aos degraus de prata, nada amedronta meu anjo da guarda, a luta na terra é dura e sofrida mas a liberdade é a batalha em nome da vida”

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