Aos Críticos

" Cada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama:Olha uma borboleta!” O crítico ajusta os nasóculos e, ante aquele pedaço esvoaçante de vida, murmura: — "Ah! sim, um lepidóptero...”"

"Aos Loucos e Raros"

Apresento minha grande contradição, o que posso mostrar de meu mundo, de meu ser, de meu são.



Thursday, April 08, 2010

Relicários

Hoje prazerosa e pesarosa, cheia de encantamento e vontades, terminei de ler “Nosso Lar”.
Não o recomendo para todas as pessoas, embora seja de grande ensinamento, recomendo apenas para aqueles que tenham estrutura para compreendê-lo.
Lembrei-me de pessoas de passagens, de conversas de mensagens, de lembranças e nobres sentimentos. Em cada noite que lia antes de dormir era como se uma grande limpeza se fizesse no meu quarto e como se aquela leitura afastasse-me a idéia de qualquer coisa assustadora do mundo. Foi como se o livro tivesse sido escrito para eu ler...prepotência?? Hm, quem sabe?


Aos atentos o mundo é belo,
cheio de magia
É sóbrio, e às vezes sombrio.

O mundo é mundo e verdadeiro
até que descobrirmos ser falso

Tudo depende de onde vivemos,
como e com quem vivemos,
o que vivemos

Viver o que vivemos é verdadeiro
até descobrimos, o que não é verdade

A relatividade, a singularidade, especificidade do ser
é incrivelmente misteriosa, sagrada e bela

O que torna tudo tão diferente???
Experiências, a rica recompensa por viver, relicários
Nós enxergamos aquilo que faz parte de nossa vida.

Aquilo que não nos cabe aos olhos, aquilo que nunca
fomos treinados para ver,
simplesmente é ignorado pelo sentido da “visão”.

Então, o que permite a nossa ignorância enxergarmos?
Como fazer para enxergar aquilo que nunca fomos treinados para ver?
É a simples questão de compreender a reciprocidade da vida:
"Abra-se para o mundo, e ele se abrirá para você."

“Quando os portugueses chegaram ao Brasil alguns índios avistaram de longe as caravelas e pensaram ser um tipo de animal, outros não conseguiam enxergar nada porque estavam diante de algo que seus olhos e seu cérebro não conseguiam assimilar, não estavam treinados para ver-las, simplesmente era como se não existissem.”

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